"Vamos vacinar os nossos atletas olímpicos e as suas comissões técnicas para garantir que possam ter um bom desempenho nos Jogos Olímpicos de Tóquio e tragam bastantes medalhas", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em conferência de imprensa.
Queiroga indicou que os desportistas, inclusive paralímpicos, serão imunizados a partir deste mês com doses "doadas" pelos laboratórios Sinovac, da China, e Pfizer, dos Estados Unidos, cujas vacinas contra a covid-19 já estão a ser aplicadas no Brasil.
Pelos cálculos do Ministério, cerca de 1.800 brasileiros que participarão no evento olímpico serão imunizados contra a doença, que já causou mais de 420 mil mortes no Brasil e 15,2 milhões de infetados.
"Hoje ainda temos um cenário epidemiológico complexo", mas "temos uma esperança, que são as vacinas", frisou Queiroga, que encerrou as suas declarações com "O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", lema do Presidente, Jair Bolsonaro.
O ministro destacou que a imunização de atletas com vista a Tóquio2020 foi uma "determinação" do chefe de Estado, um negacionista da gravidade da doença, que censura o uso de máscara, que é contrário ao distanciamento social e que, em alguns momentos, chegou a questionar a eficácia das vacinas.
A vacinação dos desportistas será realizada em várias das principais cidades do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre e na capital, Brasília.
O anúncio aconteceu num momento em que a campanha nacional de imunização contra a covid-19, que começou no dia 17 de janeiro, avança lentamente devido à escassez de doses em muitas partes do território brasileiro.
Até ao momento, 17% dos 212 milhões de brasileiros receberam a primeira das duas doses e apenas 8,5% a dosagem completa.
Assim, segundo as previsões do Governo, os atletas olímpicos estarão totalmente imunizados antes dos grupos considerados prioritários, que englobam cerca de 77,2 milhões de pessoas.
O executivo tinha anunciado que em junho esse segmento da população, que inclui idosos, doentes crónicos, indígenas e profissionais de saúde e segurança, entre outros, estaria protegido, mas, no mês passado, adiou essa data +ara setembro.
O Brasil já tem cerca de 220 atletas classificados para os Jogos de Tóquio, perto da meta de enviar uma delegação entre 250 e 300 desportistas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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