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Sete 'colinas' de um dérbi épico: As notas do Benfica-Sporting

O Estádio da Luz foi palco de, como já se esperava, um belo espetáculo de futebol, com emoção até ao último segundo. A vitória acabou por sorrir aos encarnados.

Notícia

© Reuters

Rodrigo Querido
16/05/2021 08:02 ‧ 16/05/2021 por Rodrigo Querido

Desporto

Análise

O Benfica acabou na tarde de sábado com a invencibilidade do campeão em título Sporting, que recuperou o cetro no decorrer desta semana, ao vencer em casa os verde e brancos, por 4-3, em jogo da 33.ª e penúltima jornada.

Um encontro que, certamente, vai ficar na memória dos adeptos nos próximos anos, apesar das bancadas do Estádio da Luz terem estado 'despidas' de adeptos que mereciam ter visto tamanho espetáculo que aconteceu no último jogo grande da época 2020/21. O futebol de ataque das duas equipas foi tingido por emoção do primeiro até ao último segundo, num eletrizante jogo que foi ajuizado por Tiago Martins.

Os encarnados colocaram-se a vencer por três golos sem resposta, mas os leões conseguiram reduzir a desvantagem para a margem mínima no segundo tempo, o que obrigou o Benfica a suar para garantir estes três importantes pontos na luta pelo segundo tempo. Ainda assim, os homens de Rúben Amorim, que somou a sua terceira derrota na I Liga, não conseguiram evitar a primeira derrota desta época no campeonato.

Depois de 25 vitórias e sete empates, na melhor sequência de jogos sem perder numa edição do campeonato, os verde e brancos averbaram o primeiro desaire da época, ficando impossibilitados de bater o recorde de pontos da sua história: no máximo, os campeões em título podem chegar aos 85 pontos, enquanto em 2015/16, sob o comando técnico de Jorge Jesus, agora do outro lado da Segunda Circular, somaram um total de 86.

Mas este dérbi lisboeta, pautado pelas excelentes exibições de Pizzi, do lado encarnado, e de Pedro Gonçalves, do lado verde e branco, entrou também ele para a história como confronto entre encarnados e leões com mais golos desde a época 1993/94, quando o Benfica venceu em Alvalade por 3-6.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura:

Exibição soberba de Pedro Gonçalves. Foi a principal figura no lado dos leões. Além dos dois golos, um deles da marca de grande penalidade, ainda tem mais duas soberanas ocasiões de golo que terminaram nos postes da baliza defendida por Helton Leite. Foi também a tempo de evitar o golo de Waldschmidt.

Surpresa:

O médio do Benfica Pizzi é a surpresa do encontro, mas também poderia ser a figura deste dérbi eletrizante. Foi figura de proa no futebol ofensivo praticado pelos encarnados no primeiro tempo. Assistiu Seferovic para o primeiro do encontro, recebeu um passe de calcanhar de Everton e fez o gosto ao pé, terminando a sua exibição com o pontapé de canto que esteve na origem do golo de Lucas Veríssimo.

Desilusão:

O brasileiro Matheus Reis foi o escolhido para fazer a vez do castigado Feddal, mas nunca teve capacidade para travar a avalanche ofensiva dos encarnados. Não tem comprometido noutros encontros, mas o mesmo não se pode dizer deste dérbi. Esteve mal posicionado em alguns lances e foi o elemento menos no lado da defesa leonina.

Treinadores:

Jorge Jesus: Primeira parte de excelência do Benfica. Marcou três golos à melhor defesa do campeonato que até este dérbi não tinha sofrido tamanha quantidade de golos. O clube da Luz apresentou um futebol ofensivo, a apenas dois/três toques, criando muitas oportunidades de golo. O segundo tempo foi o oposto, apesar do golo madrugador na etapa complementar. Jesus viu a sua equipa ter mais dificuldades perante o campeão nacional, e as águias tiveram de suar para conquistar os três pontos.

Rúben Amorim: Depois dos festejos de campeão nacional a meio da semana, os leões entraram meio adormecidos neste dérbi. Amorim optou por operar muitas alterações na equipa inicial, e os jogadores ressentiram-se, sofrendo três golos em 45 minutos. Corrigiu o ritmo do jogo com as entradas de Palhinha e João Mário ao intervalo, e a equipa ganhou novo fulgor para a etapa complementar, quase conseguindo virar os três golos de desvantagem, situação em que os leões estiveram por duas ocasiões.

Árbitro:

Tiago Martins teve uma tarefa difícil no dérbi lisboeta. Não assinalou uma falta de Nuno Mendes perto do final. Podia também ter mostrado um cartão amarelo a Lucas Veríssimo no lance que deu origem ao segundo golo de Pedro Gonçalves. Ainda assim, o árbitro lisboeta fez uma exibição esforçada dadas as circunstâncias e características deste jogo.

Leia Também: Águia vence dérbi de emoções fortes e põe fim ao leão invencível

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