O espanhol Unai Emery, que se sagrou campeão em 2014, nos penáltis frente ao Benfica, 2015 e 2016, sempre pelo Sevilha, tem feito história na competição, sendo o treinador mais titulado, a par do italiano Giovanni Trappatoni (1977, 1991 e 1993), dividido entre a Juventus e o Inter.
O fosso entre os clubes é grande e a diversos níveis, não se resumindo ao poder financeiro, pois sobressai a diferença de currículos, interno e internacional, com clara vantagem para a equipa de Bruno Fernandes.
Três ligas dos campeões (1968, 1999 e 2008), uma Liga Europa (2017), com José Mourinho, uma Taça das Taças (1991) e uma Supertaça Europeia (1991) são o pecúlio internacional do 'gigante' 20 vezes campeão inglês, entre outros troféus em solo britânico.
Já o 'submarino amarelo' nunca foi campeão espanhol, destacando-se o segundo lugar em 2008, enquanto nas provas europeias quebrou, finalmente, o trauma das meias-finais, nas quais caiu em 2004 ante o Valência e em 2011 perante o FC Porto, que ganharia a competição, por 1-0 frente ao Sporting de Braga.
No momento mais alto da sua história, chegou também às 'meias' da Liga dos Campeões de 2006, sendo afastado pelo Arsenal, de quem se vingou agora na mesma fase da segunda competição da UEFA: Unai Emery também levou os 'gunners' à final de 2019, perdida para o Chelsea (4-1).
O treinador Ole Gunnar Solskjaer, que o ano passado baqueou nas meias-finais ante o Sevilha, que ganharia a prova, procura o seu primeiro título no banco dos 'red devils' (foi campeão da Europa, enquanto futebolista, em 1999, juntando-lhe a Taça Intercontinental), depois de, na nova carreira, ter vencido o campeonato da Noruega em 2011 e 2012 e a Taça do seu país em 2013.
No momento atual, Bruno Fernandes e os seus companheiros, com outro estatuto a nível mundial, têm um potencial seguramente mais elevado, mas a solidez e coesão da equipa tem sido um dos trunfos do Villarreal.
Os espanhóis terão como um dos principais desafios anular a qualidade do ataque contrário e nomes como Cavani, Pogba, Rashford ou Luke Shaw, além do médio ofensivo português, eleito pelo segundo ano o melhor futebolista do clube.
Além da experiência do colombiano Carlos Bacca, que ganhou as edições de 2014 e 2015 com Emery, os espanhóis contam com atletas como Gerard Moreno, Paco Alcácer, Dani Parejo, Pau Torres e Juan Foyth, seguramente sem o mesmo carisma dos seus oponentes.
Em termos estatísticos, nota para a supremacia espanhola na Liga Europa/Taça UEFA, com 12 triunfos contra nove dos ingleses, com vantagem mais expressiva na nacionalidade dos treinadores vencedores, de 11 para quatro britânicos.
Os espanhóis venceram três em cada quatro finais (78,57% de êxito), enquanto a média inglesa é mais baixa, de 56,25%.
O Manchester United concluiu o seu campeonato em segundo lugar, enquanto o Villarreal se ficou com o sétimo, que o coloca na estreante Liga Conferência Europa, a menos que ganhe a final da Liga Europa e, com isso, siga direto para a Liga dos Campeões, onde estará o seu rival em Gdansk.