Arouca, Aveiro, 17 set (Lusa) -- O treinador do Arouca notou hoje melhorias na equipa e previu uma discussão acesa na receção ao Vitória de Guimarães, na sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, perante o emblema que o formou como jogador e treinador.
Depois do primeiro ponto conquistado fora de portas no terreno do Marítimo (2-2), o Arouca regressa a casa após duas jornadas para enfrentar os vimaranenses, separados por dois pontos.
"Sabemos o que vamos ter pela frente. Não há desconhecimento do que o nosso adversário pode fazer e as expectativas que tem. O Vitória de Guimarães quer dar seguimento à onda que gerou no último jogo. [No último jogo do] Arouca notou-se uma evolução da nossa forma de jogar e vamos querer continuar a melhorar. Com os nossos adeptos a apoiar-nos, vamos fazer um bom jogo e discutir os três pontos", afirmou Armando Evangelista.
Para o duelo de sábado está prevista a presença de centenas de adeptos vitorianos, mas Armando Evangelista não se deixou intimidar e garantiu que os adeptos arouquenses também têm uma "palavra a dizer", considerando esse fator como algo muito positivo para o futebol.
"Conhecemos a massa adepta do Vitória de Guimarães e do que são capazes, mas o Arouca joga em casa e os nossos adeptos têm uma palavra a dizer. Não me parece que vá ser um fator determinante para o desfecho do jogo. Parece-me que isso é de salientar porque tivemos um ano a jogar sem adeptos. Para estes jogadores e para o futebol, o facto de ter adeptos em número significativo é bom e um fator motivacional para as duas equipas ter um estádio bem composto", disse.
Na análise ao adversário, que marcou em apenas um jogo do campeonato no triunfo perante o Vizela (4-0), referiu que as formações estão em níveis opostos, já que o Arouca concedeu em todos os jogos da competição, mas vincou que a sua preocupação está naquilo que a sua equipa consegue fazer.
"A nossa preocupação tem que ser o Arouca, os golos que podemos marcar e não podemos sofrer. Sabemos que o Vitória de Guimarães tem individualidades capazes de desequilibrar e marcar golos, tem um coletivo forte e há ainda coisas em que todos os clubes podem crescer e o Pepa estará mais atento do que qualquer um e saberá o que tem de fazer. [Do nosso lado], sabemos o que temos de fazer para não sofrer e para marcar", asseverou.
O técnico arouquense vai defrontar a equipa que o formou como jogador e, mais tarde, como treinador, tendo-se estreado no escalão principal no banco dos vimaranenses, que é agora ocupado por Pepa, naquele que é o primeiro duelo entre os dois "amigos".
"Falar do Pepa é fácil, além da qualidade como treinador, somos amigos e conhecemo-nos bem um ao outro. O trajeto dele fala por si mesmo, tem sido um trajeto ascendente desde que começou pela Sanjoanense. Tem subido degrau a degrau com todo o mérito e é um reencontro com um amigo que desta vez espero que lhe possa ganhar", indicou.
O 'timoneiro' de 47 anos estreou-se na Liga portuguesa ao serviço dos vimaranenses, em 2015/16, admitindo ter mudado, não como homem, mas como treinador ao longo desses anos, sublinhando que "o futebol evoluiu como tudo na vida" e que é mau sinal de "qualquer profissional que ao fim de cinco ou seis anos não tenha evoluído".
Na deslocação à Madeira foram utilizados seis reforços, o que reflete "o equilíbrio pretendido de competitividade na construção do plantel", numa época de maior exigência e em que "era necessário fazer chegar jogadores que fossem capazes de competir com uma vaga" com os que transitaram da época anterior.
Nesse sentido, Abdoulaye e Eboué Kouassi estrearam-se com a camisola do Arouca na última jornada e o único reforço que ainda não foi lançado é o brasileiro Antony, que já resolveu os problemas burocráticos e é opção, mas está ainda em fase de adaptação.
O Arouca ocupa atualmente o 13.º lugar do campeonato, com quatro pontos, enquanto os vimaranenses estão no 10.º posto, com seis pontos.