Pouco depois da denúncia das jogadoras, o Ministério Público anunciou uma investigação ao técnico, que trabalhou com as seleções femininas do país entre 2010 e 2017, e a Federação de Futebol da Venezuela solidarizou-se com as jogadoras.
"Estamos comprometidos em lutar pelo respeito da mulher no desporto. Como federação, apoiamo-las hoje e sempre", refere o organismo uma mensagem divulgada na rede social de Twitter.
Numa mensagem divulgada nas redes sociais, o grupo de 24 jogadoras acusa Zseremeta de assédio e abusos entre 2013 e 2017, e diz ter tomado a decisão de denunciar para evitar que o técnico panamiano "faça mais vítimas no futebol feminino e no mundo".
As jogadoras garantem que "entre o ano de 2013 e 2017 surgiram numerosas situações de assédio e abusos envolvendo Zseremeta, durante os treinos", que causaram "inúmeros traumas e problemas psicológicos".
O texto faz também menção ao caso de uma futebolista que em 2020 admitiu publicamente ter sido abusada sexualmente pelo treinador desde os 14 anos, entre 2014 e 2017, que teve como cúmplice o preparador físico Williams Pino.
As futebolistas pedem à FIFA, às confederações e às federações que não permitam que o treinador continue "a fazer vida no futebol feminino" e deixam uma garantia: "Não nos calaremos, mas precisamos do apoio de todos para proteger as futebolistas e criar uma cultura onde estejamos a salvo".
Leia Também: Diretor executivo dos Washington Spirit demite-se no meio de 'escândalo'