O FC Porto viveu uma noite de terça-feira que tão depressa não sairá da memória dos adeptos. Os dragões foram derrotados pelo Atlético de Madrid (1-3), na derradeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, num jogo em que apenas devem queixar-se de si próprios. A falta de eficácia e a algum descontrolo emocional ajudam a explicar o porquê de o FC Porto não marcar presença nos oitavos'.
Griezmann (57') abriu as contas, ao passo que Correa (90') e Rodrigo de Paul (90'+2) aproveitaram para ampliar o resultado, numa altura em que a equipa portista estava a jogar mais com o coração do que com a cabeça.
Sérgio Oliveira (90'+6), a fechar, converteu uma grande penalidade e fixou o resultado final no Dragão. Vamos aos protagonistas.
A figura
Antoine Griezmann andou sempre meio desaparecido do jogo, mas apareceu para resolver. Apontou o primeiro golo e ainda participou ativamente no segundo apontado por Correa. O internacional francês regressou ao clube colconhero para ser decisivo nestes momentos e a verdade é que o foi na noite de ontem.
A surpresa
Vitinha ganhou a confiança de Sérgio Conceição e foi pela primeira vez titular na Liga dos Campeões. O jovem médio dá critério na circulação de bola e foi assinando vários pormenores que não enganam: é craque. Não teve medo de pegar a bola e de distribuir jogo perante a pressão constante dos colconheros. Com o passar dos minutos o cansaço acumulou-se e acabou por perder algum discernimento.
A desilusão
Mehdi Taremi continua longe dos golos e voltou a ser perdulário num jogo de capital importância. Dispôs de duas grandes oportunidades para marcar, quando o nulo ainda se mantinha no marcador, mas falhou, de forma incrível, ambas. É certo que ajuda a equipa em vários outros aspetos, mas na noite de ontem pediam-se golos e eficácia. Taremi não teve nenhuma delas. Noite absolutamente negativa para o iraniano.
Treinadores
Sérgio Conceição
Surpreendeu ao preferir manter Vitinha no onze e deixar Sérgio Oliveira no banco e o FC Porto até esteve bem na partida... até ao golo de Griezmann. Depois disso, a equipa perdeu o equilíbrio e pior ficou com a expulsão de Wendell. Tentou mexer, lançando vários jogadores, mas o FC Porto nunca mais se encontrou.
Diego Simeone
Apresentou-se no Dragão com um 5x3x2 ao contrário das previsões. A receita era simples: defender bem e atacar na hora certa. O golo de Griezmann até caiu meio aos trambolhões, mas depois a sua equipa soube 'matar' o jogo numa transição ofensiva que deve ser vista e revista. Só é surpresa para quem não acompanha este Atlético há largos anos. Os resultados acabam sempre por ser melhores dos que as exibições.
O árbitro
Clément Turpin teve uma noite complicada no Dragão. Nem sempre foi uniforme no critério e não soube tomar conta do jogo no momento em que expulsou Carrasco. O belga fez por ver o vermelho e no momento seguinte também deu ordem de expulsão de Wendell.
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