Nuno Sousa, candidato à presidência do Sporting, anunciou na noite de quinta-feira as linhas gerais do projeto que tem para o clube de Alvalade.
O candidato da lista C fez o lançamento da campanha intitulada "Pelo meu Sporting", e deu a entender que quer aumentar a transparência interna e externa, nomeadamente maior rigor nas arbitragens, e apontou à reintegração de antigos sócios.
"Queremos um portal da transparência, todos os contratos registados, menos ajustes diretos, mais contratos feitos por concurso. Acabar com os secretismos, queremos os diálogos entre árbitro e VAR públicos. Ninguém beneficia com este secretismo. A sociedade assim o exige. Gostávamos que o conselho fiscal fizesse pareceres à Direção, que falasse com os sócios e que não ande a Judiciária a expulsar os sócios", começou por dizer Nuno Sousa, reforçando a intenção de reintegrar os antigos presidentes Bruno de Carvalho e Godinho Lopes.
"Sem dúvida. É uma proposta que temos vindo a fazer ao longo do tempo. Não nascemos agora para isto. A pacificação do Sporting só pode acontecer se houver reintegração. E não tem de ser apenas porque sim. Não há condenação nenhuma desses sócios. O resto são opiniões. Podemos achar que Godinho Lopes fez bem ou mal, Bruno Carvalho geriu bem ou mal, mas a verdade é que nada foi provado em tribunal. Achamos devemos ser um clube desportivo e não um tribunal que expulsa os presidentes só porque sim. Por isso advogamos que um sócio só devia ser expulso se uma decisão judicial se tenha provado e que a ação foi culposamente grave contra o Sporting. Como nada disso aconteceu pelo que devem ser reintegrados. Mas serão os sócios a ter a última palavra", finalizou.
Bruno de Carvalho e Godinho Lopes, recorde-se, viram a expulsão de sócios do Sporting ser aprovada em Assembleia-Geral, na sequência da prática de "infrações disciplinares muito graves e irregularidades" estatutárias durante as respetivas presidências no clube de Alvalade.