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"Se o FC Porto gere a vantagem, arrisca ser ultrapassado pelo Sporting"

O FC Porto partiu em vantagem para a decisão da meia-final da Taça de Portugal. Os dragões começaram mal e acabaram bem a partida frente ao Sporting. Rui Quinta destacou as decisões dos treinadores, as ações dos jogadores, falou sobre o conceito de equipa e admitiu que a luta nesta temporada em todas as frentes será até ao final.

Notícia

© Getty Images

Tiago Antunes
04/03/2022 07:49 ‧ 04/03/2022 por Tiago Antunes

Desporto

Exclusivo

A semana ficou marcada, a nível desportivo, pelo Clássico da Taça de Portugal. Sporting e FC Porto defrontaram-se num jogo que contou com um Estádio de Alvalade praticamente lotado e com um espetáculo técnico-tático dentro das quatro linhas.

Num ambiente de pressão, com os gritos de apoios e os assobios de insatisfação, jogadores e treinadores tomam decisões, nem sempre de forma fácil, nem sempre da maneira mais correta. Porventura, há quem defenda a qualidade no trabalho provado em campo neste Clássico. É o caso de Rui Quinta, treinador e antigo adjunto do FC Porto entre 2011 e 2013, que, em exclusivo ao Desporto ao Minuto, fez uma leitura do jogo e das ações de Rúben Amorim, Sérgio Conceição e dos restantes intervenientes da partida, começando por falar sobre o conceito de equipa e a forma como isso joga a favor dos treinadores num jogo deste calibre.

"A essência da equipa é fundamental numa caminhada como esta. Só em equipa é que conseguimos trilhar um caminho de sucesso. O ser equipa é ser um conjunto de jogadores alinhados com uma ideia do treinador em defesa de uma causa que é de todos. Todos os jogadores do FC Porto e do Sporting, em todos os momentos em que são chamados para servirem a equipa, fazem-no com um orgulho e com uma disponibilidade, um entusiasmo e uma paixão enormes. É fruto do discurso dos treinadores, são eles que diferenciam as equipas pela positiva ao conseguirem desafiar os jogadores a defenderem a causa de todos com as diferenças nas qualidades individuais. Dentro dessa dinâmica, o que vemos é que, independentemente dos jogadores, o figurino é o mesmo, tanto numa como noutra equipa. Apesar das diferenças mais acentuadas, a equipa continua a apresentar a sua identidade. Tendo em conta isso, é-lhes indiferente quem joga. Isso tem a ver com alguns pormenores estratégicos", começou por dizer.

Notícias ao Minuto [Rui Quinta foi adjunto de Vítor Pereira no FC Porto entre 2011 e 2013]© Global Imagens  

Sérgio Conceição optou por lançar Bruno Costa de início, em detrimento de João Mário, numa posição à qual ainda está a criar rotinas, apesar do adversário e da exigência nele inerente. Rui Quinta, mesmo desconhecendo a razão por trás da escolha, elogiou o trabalho do defesa improvisado e ainda do treinador dos azuis e brancos.

"Nós estamos a tecer comentários desconhecendo a realidade. Não sabemos o que se passa por trás desta tomada de decisões. A adaptação do Bruno Costa ao lado direito da defesa tem sido uma surpresa quando se joga a este nível top do futebol português, mas acabou por cumprir perfeitamente. Isso também pode ter a ver com o facto de a equipa jogar duas vezes por semana e de ir gerindo as diferentes individualidades. Pelo que o treinador conhece e nós não, face ao resultado e ao desempenho de ontem, temos de dizer que o treinador tomou as melhores decisões", acrescentou.

Mexidas que (nem sempre) funcionam

A tripla alteração depois do golo do empate, no entanto, terá sido o momento-chave da partida. Rui Quinta viu uma mudança no rumo do jogo assim que Sérgio Conceição decidiu lançar Otávio, João Mário e Pepê.

"O FC Porto foi claramente superior nos últimos 30 minutos, conseguiu controlar bem a dinâmica do Sporting, criou duas ou três ocasiões para poder aumentar a vantagem no marcador. O Sporting teve o livre lateral com uma cabeçada fantástica do Coates e uma intervenção ainda melhor do Marchesin. O FC Porto manteve a dinâmica do jogo com as substituições, mudou os intérpretes e com isso trouxe algumas coisas diferentes. Desde logo a irreverência do Pepê, o seu ataque à profundidade, a melhor capacidade do João Mário em definir em comparação a Bruno Costa, e o Otávio, que é um dos líderes indiscutíveis desta equipa, é uma das figuras incontornáveis neste FC Porto. Com isso, a equipa conseguiu crescer porque quem entrou no jogou levava um entusiasmo acrescido, entraram para dar alguma coisa de novo à equipa", disse sobre o FC Porto.

Notícias ao Minuto [Otávio foi lançado no jogo, juntamente com Pepê e João Mário, depois do empate]© Getty Images  

Do lado do Sporting, Nuno Santos foi titular, acabou por sair ao intervalo para dar o lugar a Marcus Edwards, alteração que Rúben Amorim admitiu não ter resultado. Slimani também entrou, mas pareceu receoso na hora em que podia rematar, e Matheus Nunes perdeu muitas bolas em zona proibida quando o jogo estava em aberto. Rui Quinta olhou para as ideias do treinador dos leões e considerou-as boas, apesar de, em campo, terem tido pouco efeito.

"Na primeira parte, o Sporting foi atraindo o FC Porto para certos espaços e foi à procura da profundidade, criou algumas oportunidades, mas não conseguiu materializá-las. Depois do intervalo, fez um golo fabuloso, mas a reação do FC Porto foi de apertar a pressão, de condicionar a construção do Sporting, cada vez que ganhavam a bola obrigavam o Sporting a baixar, e isso levou a desgaste. A entrada do Slimani soltou o Paulinho, obrigou o FC Porto a jogar mais baixo. Nuno Santos e Marcus Edwards são jogadores completamente distintos. O Nuno Santos é um jogador de ataque à profundidade, que carrila jogo e cruza, o Edwards é de ficar com bola e ir para espaços interiores, para definir o passe, para finalização. Aí o Sporting perdeu acutilância defensiva, até o Sarabia desapareceu do jogo. A entrada do Daniel Bragança serviu para meter ordem porque o Sporting estava a querer fazer tudo muito depressa, cada vez que perdia a bola era uma oportunidade para o FC Porto", analisou.

Notícias ao Minuto [Daniel Bragança entrou em campo aos 81 minutos quando o Sporting já perdia]© Getty Images  

Rui Quinta considerou ainda injusto criticar as decisões tomadas por Rúben Amorim tendo em conta a pressão do jogo.

"É muito confortável estarmos aqui a falar sobre o assunto, mas tomarmos decisões 'on fire' é complicado. Os treinadores têm ali muito pouco tempo e têm muitas ideias a correr pela cabeça. Sempre que tomam uma decisão, é para acrescentar, melhorar o desempenho. A ideia de Rúben Amorim foi clara, juntar dois avançados no corredor central, mais um médio de apoio, o Sarabia e o Edwards a correr e os dois laterais a jogar por fora. Quando o Bragança entrou, o FC Porto já estava confortável. Só quem está lá dentro a tomar as decisões é que sabe o que lhe vai pela cabeça. Eu tento sempre colocar-me na cabeça do treinador para perceber o que passa ali. Neste caso, acho que Rúben Amorim esteve bem, tudo teve intencionalidade, teve lógica", reconheceu.

Um jogo "extraordinário"

Olhando para o Clássico como um todo, com os três golos e as jogadas de tabuleiro proporcionadas pelas duas equipas técnicas, Rui Quinta admitiu grande satisfação pelo jogo que viu, isto no plano técnico-tático.

"Um jogo extraordinário, jogado num ritmo muito forte, com excelentes executantes, com intenções claras de se jogar em equipa e, com identidade. Cada equipa procurou valorizar a sua ideia de jogar, como chegar à baliza quando se tem bola, de que forma recuperar bola depois de a perder. Foi um jogo riquíssimo também na forma como os treinadores foram tentando mexer no jogo, na estabilidade do adversário, com as substituições. Os dois treinadores foram muito ágeis, muito capazes pelas decisões que tomaram", disse.

Sporting e FC Porto têm lutado, já deste a última temporada, pelas principais competições, conseguindo garantir alguma distância do Benfica. Rui Quinta considerou que, para as contas dessa rivalidade entre leões e dragões, este Clássico da Taça de Portugal só terá peso na postura pós-jogo.

"Este jogo é decisivo pela forma como as equipas saem deste jogo. Uma vai lidar com o Arouca e outra com o Paços de Ferreira, esses é que são jogos que determinam. O Sporting, teoricamente, terá tarefa mais fácil frente ao Arouca, mas eles já mostraram que são uma equipa competente pela forma como jogam, como enfrentam os jogos. O Paços também está em crescendo e o FC Porto vai jogar num campo que é tradicionalmente desafiador para os seus adversários, mas tem tudo a ver com a capacidade de Sporting e FC Porto abordarem estes jogos tal como abordaram o Clássico. Se o conseguirem fazer, estarão certamente mais próximos dos três pontos", acrescentou.

Uma luta até ao fim

Apesar da ligeira vantagem do FC Porto nesta meia-final da Taça de Portugal, a eliminatória ainda está em aberto. Rui Quinta chamou a atenção dos dragões para a capacidade do campeão nacional para dar a volta à situação. 

"Vai ser um jogo dentro do mesmo registo. Apesar de ser no Dragão, as duas equipas vão jogar para vencer. O FC Porto parte na frente, mas, se vai gerir essa vantagem, arrisca-se a ser ultrapassado porque o Sporting já demonstrou que é uma equipa que joga em qualquer campo pela vitória. Vamos todos nós, os que gostam de futebol, ganhar com isso", acredita.

Prevista a segunda volta da eliminatória da prova-rainha, Rui Quinta fez uma adivinhação sobre a reta final da I Liga. O treinador espera jogos complicados para ambas as equipas e uma boa disputa da liderança até ao final da época.

"Cada jogo vai valer uma vida. Se estas duas equipas entrarem com os mesmos níveis de concentração e de ambição, de entusiasmo, de crença, dificilmente serão vencidos. Há adversários de qualidade, equipas bem treinadas, a maioria das equipas já entra em campo para poder conquistar pontos, analisa-se melhor o adversário, os jogadores estão melhor preparados, portanto antevejo jogos de alta expectativa nesta fase final do campeonato, na qual o fator do favoritismo não representa nada, vai ter de ser mostrado e conquistado em campo. Apesar da diferença pontual, ainda vamos andar com grande expectativa para se definir o campeão nacional", concluiu.

O FC Porto-Sporting, a contar para a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, joga-se no dia 20 de abril no Estádio do Dragão. Até lá, muito vai acontecer na I Liga.

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