Não durou muito o ciclo de vitórias seguidas do Benfica na I Liga. A precisar de acelerar na corrida pelo segundo lugar, que dá acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões, o clube da Luz ficou-se pelos quatro triunfos consecutivos, salvando um empate, esta sexta-feira, na receção ao Vizela.
A expulsão madrugadora de Taarabt, que vinha a apresentar boas exibições nos últimos jogos, condicionou e muito a estratégia de Nélson Veríssimo, mas o técnico demorou muito a fazer mexidas que trouxessem o Benfica para o comando do jogo. Alheios ao vermelho, os visitantes adiantaram-se no marcador no segundo tempo, mas as bancadas da Luz assumiram aqui um papel fulcral para resgatar a equipa para o empate com que esta partida terminou.
O Benfica mitigou possíveis problemas para o encontro determinante de terça-feira com o Ajax, mas pode ter comprometido na última noite a luta pelo segundo lugar. Certo é que o tribunal da Luz aplaudiu de pé o esforço dos jogadores para dar a volta a um resultado que não foi o mais agradável para as hostes lisboetas.
Mas vamos às notas deste encontro
Figura:
Que exibição soberba de Pedro Silva. Se o Vizela sai da Luz com um empate, muito deve agradecer ao seu guarda-redes. Foram seis defesa que realizou ao todo, quatro delas de grande dificuldade e que impediram golos quase certos do Benfica. Destaque para uma enorme parada a um remate de Darwin, que deve ter ficado de cabelos em pé com a exibição do guardião.
Surpresa:
Foi entrar e marcar para Henrique Araújo. É certo que a estreia a marcar pela equipa principal não valeu a conquista dos três pontos, mas a sua entrada em campo foi fundamental para a conquista do empate. Até podia ter marcado o golo do triunfo dos encarnados, mas Pedro Silva negou-lhe o tiro aos 90'.
Desilusão:
Depois de um conjunto de jogos positivos, Taarabt borrou a pintura com uma expulsão madrugadora que dificultou a tarefa da sua equipa. Uma entrada sem qualquer sentido sobre Kiki Afonso tornou o marroquino no jogador do Benfica a ser expulso mais rapidamente num jogo caseiro.
Treinadores:
Nélson Veríssimo:
Tomou uma decisão errada logo no onze inicial. Foi descabia a ideia de colocar Rafa Silva do lado direito do ataque, quando o internacional português rende mais precisamente do lado oposto do campo, e e Diogo Gonçalves do lado esquerdo, já que o jovem foi uma nulidade desde o início. É certo que a expulsão de Taarabt condicionou a estratégia desde cedo, mas o técnico demorou e muito a fazer as primeiras mexidas. As entradas de Meïté e de, principalmente, Henrique Araújo agitaram as águas, mas foram feitas tardiamente.
Álvaro Pacheco:
A expulsão de Taarabt aumentou os níveis de confiança dos vizelenses, que rapidamente assumiram as custas o jogo. Na primeira parte foram a equipa que mais procurou o golo, e foi com naturalidade que abriram o marcador. Ao contrário do habitual, o golo de Cassiano teve o condão de acordar o Benfica, e os minhotos, que procuraram responder na mesma moeda, foram aguentando o precioso empate. Depois de uma grande exibição na primeira volta, o Vizela voltou a dar uma boa réplica contra um adversário de nível superior.
Arbitragem:
Jogo difícil para o árbitro Manuel Oliveira, com muitas incidências e muita contestação. Esteve bem ao mostrar o vermelho a Taarabt aos sete minutos, e foi gerindo bem a amostragem de amarelos. Acertou nos lances capitais do encontro, e não teve influência no resultado final, conseguindo aguentar-se bem perante o ambiente hostil que aconteceu nos minutos finais.
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