O Sporting de Braga voltou, esta quinta-feira, a demonstrar a sua melhor face, como se tem vindo a tornar hábito na Liga Europa, e 'arrancou' um empate a uma bola no terreno do Monaco, que, aliado ao triunfo conquistado na Pedreira, por 2-0, valeu o apuramento para os quartos-de-final da Liga Europa.
Os arsenalistas foram a equipa que teve menos bola, no Stade Louis II - como, de resto, era já expectável - mas, em contraponto, foram aquela que mais 'sangue frio' teve ao longo dos 90 minuto para ir correspondendo com qualidade àquilo que o jogo lhe foi pedindo.
Ricardo Horta deu o primeiro sinal de aviso logo aos três minutos, com um remate que passou a rasar o poste. Aos 19, André Castro atirou à figura de Alexander Nubel, mas, na recarga, Abel Ruiz 'disparou' de longe, tendo a bola embatido em Vanderson antes de 'trair' o guarda-redes alemão. Fica, no entanto, a ideia de que este podia ter feito melhor.
Daí em diante, o Monaco tomou conta do jogo, mas apenas do ponto de vista da posse, uma vez que raras foram as vezes em que conseguiu colocar o adversário em reais apuros. Das poucas vezes que o conseguiu, Matheus Magalhães disse 'presente' e respondeu sempre com qualidade.
Já no segundo tempo, Abel Ruiz esteve à beira de bisar, quando, numa transição rápidas, atirou forte, mas para as mãos de Alexander Nubel. E, desta feita, quem respondeu foi mesmo o Monaco, que viu Axel Disasi desviar de cabeça para o fundo das redes, já aos 90+1 minutos, quando era tarde demais para procurar outro tipo de desfecho.
O Sporting de Braga apura-se, assim, para os quartos-de-final da Liga Europa, juntamente com Leipzig (fruto da desqualificação do Spartak Moscovo), Atalanta, Barcelona, Rangers, Olympique Lyon, Eintracht Frankfurt e West Ham. O adversário será conhecido já esta sexta-feira, no sorteio que está agendado para as 12h00 (hora de Portugal Continental).
Figura
Abel Ruiz marcou o golo que valeu o empate ao Sporting de Braga, mas o herói da tarde acabou mesmo por ser, uma vez mais, Matheus Magalhães. O guarda-redes susteve o pendor ofensivo do Monaco com uma série de defesas de elevado grau de dificuldade e foi mantendo sempre vivo o 'sonho' dos arsenalistas.
Surpresa
Após ter sido titular na partida da primeira mão, Iuri Medeiros foi suplente utilizado e esteve apenas 14 minutos em campo. Tempo, no entanto, mais do que suficiente para colocar em prática toda a qualidade técnica que lhe é reconhecida, ajudando o Sporting de Braga a 'respirar' com bola nos momentos de maior 'aperto'.
Desilusão
Jean Lucas jogou no limite da agressividade, e, aos 12 minutos, podia ter visto logo o cartão amarelo, por cotovelada a Castro, mas Andreas Ekberg acabaria por apenas castigá-lo à beira do apito para o intervalo, por falta dura sobre André Horta. No lance do golo de Abel Ruiz, ficou a reclamar falta de Al Musrati, e foi sem surpresa que acabou por ser dos primeiros a ser substituído por Philippe Clément.
Treinadores
Philippe Clément: Mais do que ambicioso, o Monaco mostrou-se sempre sôfrego em campo, tendo muita bola, mas procurando chegar às áreas de finalização com demasiada pressa, culminando em remates sem grande perigo e cruzamentos disparatados. Com o desenrolar do jogo, o treinador belga mexeu bem e foi aproximando a equipa da baliza, mas faltou sempre clarividência para fazer algo mais.
Carlos Carvalhal: O Sporting de Braga estava à espera de ser 'apertado' pelo Monaco, e apresentou-se no Stade Louis II muito organizada, sem permitir grandes oportunidades de golo aos homens da casa. No ataque, soube ter paciência e, aqui e ali, ir ensaiando algumas saídas perigosas, ainda que, Abel Ruiz tenha estado sempre demasiado sozinho na frente.
Árbitro
Noite tranquila para Andreas Ekberg, apesar de o Monaco se ter queixado vezes sem conta da sua atuação, exigindo, por exemplo, falta de Al Musrati sobre Jean Lucas no lance que culmina no golo de Abel Ruiz, ou grande penalidade por suposta falta de André Horta sobre Wissam Ben Yedder, aos 50 minutos. No entanto, o sueco não foi na 'cantiga' e soube sempre decidir com cabeça fria.
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