João Moutinho esteve presente, este sábado, numa conferência de imprensa antes do treino da seleção nacional no Estádio do Bessa.
O internacional português alertou para as dificuldades que o adversário poderá causar, mas sublinhou o espírito e a determinação da equipa das Quinas para poder marcar presença no Mundial do Catar.
Fique com o essencial das declarações do jogador:
Última oportunidade para o João estar num Mundial? Para mim, representa mais uma oportunidade. É com esse intuito que eu jogo, sinto-me bem e quero continuar a ajudar a minha seleção da melhor forma possível. Aqui está mais uma oportunidade para ganhar um jogo, que é esse o que me importa e que é extremamente importante para nós todos. É o momento em que eu estou focado para podermos estar na final do Campeonato do Mundo.
Papel dos adeptos: É uma parte muito importante no nosso trabalho. Eles são a motivação extra. Como se costuma dizer, são o 12.º jogador dentro de campo e isso faz-nos acreditar. Sabemos que estamos a jogar por eles, não só por quem está no estádio, mas por todos os portugueses que estão espalhados pelo mundo fora a ver. É com esse espírito e intuito que vamos para dentro de campo. Sei que vão lá estar outra vez presentes, a apoiar-nos do primeiro ao último minuto. Nós de tudo faremos para festejar com eles.
Registo forasteiro forte do adversário demonstrativo da qualidade? Claro que sim. Todos têm visto isto. São uma equipa que defende bem, é organizada e tenta aproveitar ao máximo as oportunidade que tem. Estamos conscientes de que vai ser um jogo extremamente difícil e temos de estar ao nosso melhor nível para conseguir superar. Só assim conseguiremos estar na fase final do Campeonato do Mundo.
Responsabilidade acrescida para eliminar a surpreendente Macedónia do Norte: A responsabilidade é a mesma. Calhou-nos a Macedónia do Norte porque eliminou a Itália, campeã europeia em título. Mudam-se os nomes, mas como disse há pouco, não é isso, nem as estatísticas que vencem os jogos. Isso ficou demonstrado nesse jogo com a Itália. Mesmo nos campeonatos vê-se o último a ganhar ao primeiro. Estamos com a confiança necessária desde que aqui chegámos e a nossa determinação tem de ser superior à deles, senão vamos complicar o nosso jogo. Somos uma seleção com qualidade para ter bola, encontrar os espaços certos e depois finalizar. Essa responsabilidade está do nosso lado, mas só isso não chega. Temos de demonstrar o querer e a vontade que temos tido até aqui.
Adversário exige paciência? Claro que sim, temos de ter paciência para ter bola. Não podemos apressar o nosso jogo, temos de encontrar os espaços certos e a altura certa. Sabemos que podem vir com blocos baixos e tentar sair em lances de contra-ataque. Temos de estar precavidos e sempre organizados. Temos de tentar chegar à baliza adversária e concretizá-las. Mas sabemos que vai ser um jogo difícil, estamos cientes disso. Temos de marcar e não podemos conceder oportunidades ao adversário para finalizar.
Perceção da eliminação da Itália frente à Macedónia do Norte: Recebemos de uma forma normal. Não vamos mentir, toda a gente pensava que poderia ser a Itália. Mas a Macedónia do Norte, estando nesta fase, era uma das equipas que poderíamos encontrar. O futebol está diferente, todas as equipas podem ganhar entre elas e não importam os nomes, os números, as estatísticas. Temos de demonstrar dentro de campo. que temos mais capacidade e qualidade, é lá que temos de impor o nosso jogo. A Macedónia do Norte tem um coletivo extraordinário e vai tentar, ao máximo, dificultar a nossa tarefa. Nós sabemos disso, temos de entrar em campo com a mesma confiança para conseguir o apuramento.
Injeção com triunfo diante da Turquia: Sempre confiámos em nós próprios, mesmo depois de resultados menos conseguidos, que não queríamos e aconteceram. Confiámos no nosso trabalho, naquilo que vínhamos fazendo na fase de apuramento. Ganhar traz sempre mais confiança. Jogámos um bom futebol, tivemos várias oportunidades e sofremos um pouco no final por culpa própria. Mas conseguimos passar a meia-final e agora temos novo momento difícil pela frente, queremos ganhar para conseguir o objetivo, que é estar no Campeonato de Mundo.
Posicionamento em campo no jogo com a Turquia: É um posicionamento que não me é estranho. Desde muito jovem já joguei em todas as posições no meio campo. Com Paulo Bento, no Sporting, jogávamos em losango, joguei como trinco, médio interior, número dez... Não me é estranho, é algo que até gosto porque posso ter mais bola e consigo organizar jogo, penso que seja uma das minhas características. Sinto-me bem e felizmente as coisas correram-nos bem. Claro que se nos 90 minutos tivéssemos hipótese de fazer tudo aquilo que queríamos, não dávamos hipótese a nenhum adversário, mas quando não conseguimos, temos de ser conscientes e organizados para não conceder ocasiões aos adversários.
Antevisão
A seleção nacional realiza, este sábado, um treino no Estádio do Bessa, pelas 11 horas, com 15 minutos abertos aos Órgãos de Comunicação Social.
Antes disso, pelas 10h30, João Moutinho vai marcar presença numa conferência de imprensa para prestar declarações aos jornalistas.
Recorde-se que Portugal vai jogar a final do play-off de acesso ao Mundial na próxima terça-feira, dia 29 de março, pelas 19h45, diante da Macedónia do Norte.
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