"O procedimento será fechado brevemente", precisou o TAS em comunicado.
O futebol russo já tinha sofrido um primeiro revés em meados de março, quando o TAS rejeitou o pedido da federação para suspender as sanções impostas pela FIFA, na perspetiva de ainda poder disputar o 'play-off' para o Mundial.
Apesar de retirar o recurso contra a FIFA, já depois de ter falhado a possibilidade de disputar o 'play-off' em que deveria ter defrontado a Polónia em 24 de março, a federação russa mantém o recurso contra as sanções da UEFA.
"De momento, ainda não está definido nenhum calendário processual", disse também o TAS, em relação ao processo que envolve a contestação às decisões da UEFA.
À semelhança da FIFA, o organismo do futebol europeu decidiu igualmente no final de fevereiro que "todas as equipas russas, sejam seleções ou clubes", deveriam "ser suspensas de participar nas competições [...] até nova ordem".
Em contrapartida, o TAS registou uma série de novos processos contra as sanções aplicadas a instâncias desportivas russas, com as federações de patinagem, biatlo, remo, râguebi e ginástica a contestarem também junto do organismo a exclusão de competições.
Todas estas sanções de organismos que tutelam a nível europeu e mundial o desporto, vetando ou obrigando a uma neutralidade dos atletas russos, surgiram em resposta à invasão da Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.