A Federação de Futebol da Rússia enviou uma carta à UEFA, na qual exigiu a expulsão imediata do selecionador ucraniano, Oleksandr Petrakov, por "promover o ódio público com base na nacionalidade e usar o futebol para declarar visões políticas".
Em causa está uma entrevista concedida pelo treinador ao jornal britânico The Guardian, no passado mês de abril, quando disse ser capaz de "matar dois ou três inimigos", caso as forças militares russas invadissem a capital, Kyiv, onde reside.
Na carta, revelada pela mesma publicação, o secretário geral do organismo, Denis Rogachev, alega que estas declarações foram "feitas contra o panorama do conflito político entre dois países, Rússia e Ucrânia, e representa uma mensagem política que, obviamente, viola os princípios fundamentais da neutralidade política".
A Federação russa defende que Oleksandr Petrakov levou a cabo um "apelo à violência", e que este comentário é um ato de "discriminação com base na nacionalidade", visto que o técnico defendeu "a suspensão de todos os atletas russos (...) sem qualquer justificação legal".
A Federação ucraniana, por sua vez, sublinhou que o selecionador se limitou a demonstrar-se "preparado para defender a sua pátria, as suas mulheres e as suas crianças": "De que tipo de discriminação podemos falar em relação a uma nação que, deliberadamente, comete genocídio contra outra?".
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