Continua a dar muito que falar, e mais tinta promete ainda correr, em torno da aquisição do grupo Qatar Sports Investments de 20% do capital da SAD do clube arsenalista.
Um grupo que já detém o Paris Saint-Germain e procedente de um país onde as liberdades individuais longe estão de ser respeitadas. No jogo desta quinta-feira, contra o St. Gilloise, para a Liga Europa, a claque Bracara Legion já se tinha insurgido com uma tarja, onde se lia: "Qataris Slavers Are Not Welcome [Esclavagistas cataris não são bem-vindos]".
Esta sexta-feira, em comunicado, esta claque vai ainda mais longe: "A posição do nosso grupo sempre foi bem clara nesta matéria, move-nos o amor ao Sporting Clube de Braga e sempre nos mantivemos firmes na luta por um futebol associativo e popular. Não embarcamos em ilusões de investimentos milionários e promessas de títulos, conhecemos bem essa falsa retórica e sabemos como é que ela acabou em clubes como o Desportivo das Aves, Os Belenenses, União de Leiria, Leixões, entre muitos outros casos".
Para depois acrescentarem: "Com desconfiança observamos a entrada da QSI, cujos 'mandantes' estão manifestamente envolvidos na prática de crimes hediondos, de como são exemplo as milhares de mortes de trabalhadores escravizados que laboravam na construção das estruturas para o Mundial deste ano. [...] Não sabemos ainda quais os reais intentos da QSI, mas sabemos com certeza que não é a paixão pelo clube que os move, e como tal ficaremos alerta e vigilantes às movimentações operadas por esta gente. Resta-nos deixar uma questão no ar: Aceitarão os associados do Sporting Clube de Braga, a troco dum 'pretenso' aumento de competitividade, dinheiro manchado com o sangue de inocentes?".
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