O Benfica assinou, na tarde de sábado, uma vitória tranquila na visita aos Açores, mais concretamente no reduto do Santa Clara (3-0). Em pleno fecho da primeira volta do campeonato - ou seja, em jogo da 17.ª jornada - as águias de Roger Schmidt retomaram o caminho dos triunfos e aumentaram para 44 os pontos amealhados até ao momento.
Mais do que isso, Schmidt viu o Benfica recuperar o bom nível exibicional da fase inicial da época e com três jogadores em especial destaque. Gonçalo Ramos continua de pé quente, Gonçalo Guedes precisou de 16 minutos para marcar no regresso ao Benfica e Enzo Fernández parece ter recuperado o fulgor dos tempos pré-Mundial'2022.
Vamos, por isso, aos protagonistas.
A figura
Enzo Fernández realizou nos Açores a melhor exibição pelo Benfica desde que regressou do Qatar, depois de ter sido campeão mundial pela Argentina. Com aquela intensidade que cedo conquistou os adeptos (e a crítica, diga-se), o médio das águias ficou diretamente ligado aos três golos da tarde. Assistiu Aursnes aos nove minutos, desmarcou Grimaldo no lance do segundo tento e serviu Guedes para o derradeiro golo. Depois de toda a polémica em torno do desejo de assinar pelo Chelsea, que incluiu uma viagem não autorizada à Argentina, eis que o melhor Enzo regressou nos Açores para pegar na batuta e afinar a orquestra encarnada.
A surpresa
O regresso de Gonçalo Guedes não poderia ter corrido de melhor forma. Apenas 16 minutos depois de ter sido lançado para dentro de campo, e numa altura em que o Benfica atravessava a pior fase do jogo, eis que o internacional português acabou com as dúvidas e selou o triunfo, num golo no qual também contou com alguma sorte à mistura. Ainda assim, total mérito pela forma como se desmarcou. Deixou bem evidente aquilo que pode oferecer aos encarnados e que mais nenhum suplente havia mostrado: velocidade e faro pelo golo.
A desilusão
Draxler continua a somar oportunidades perdidas no onze. Teve aos 29 minutos uma ocasião flagrante para marcar, mas desperdiçou de forma incrível. Continua longe da melhor forma e tarda em justificar a confiança e os minutos concedidos por Schmidt.
Os treinadores
Jorge Simão
Com apenas nove dias de trabalho torna-se difícil para qualquer treinador operar uma revolução com resultados práticos e rápidos. O Santa Clara entrou mal no jogo e aos nove minutos já estava em desvantagem. No entanto, é justo assinalar a forma como o conjunto açoriano reagiu na segunda parte, mostrando argumentos para pontuar daqui em diante.
Roger Schmidt
Depois do empate no dérbi, o Benfica não podia voltar a perder pontos e cedo o resultado começou a ficar definido. Sem Rafa Silva e Otamendi, Schmidt viu o coletivo encarnado corresponder sem problemas de maior. Na segunda parte a equipa perdeu o controlo do jogo, mas o golo de Guedes afastou, de vez, um eventual dissabor.
O árbitro
Fábio Veríssimo assinou uma arbitragem tranquila e sem grandes casos nos Açores. Os jogadores também ajudaram, algo que nem sempre acontece.
Leia Também: Aursnes estreia-se a marcar pelo Benfica mas meio-golo é de Enzo