Rúben Amorim adiantou-se e deixa quase confirmada a contratação de Ousmane Diomandé. O defesa central, cedido pelo Midtjylland ao Mafra nesta época, vai ser reforço do Sporting, uma contratação bastante elogiada pelo treinador dos leões, que desmistificou custos e criticou as contas feitas às transferências do clube.
"Se não apanharmos miúdos nesta fase, não conseguimos, e são miúdos que já valem dinheiro. Depois, acho um bocadinho de graças às contas que se fazem de objetivos. Já foi assim com o Paulinho, que até meteram nas contas o dinheiro da gasolina de quando se foi a Braga buscá-lo, mas depois não metem no Porro. Vendemos o Porro, tem de se pagar financiamento, os 15% do Edwards não se junta... Tudo junto vale se calhar 50 milhões de euros e não fazem essa conta. Portanto, depende de como querem fazer as contas. Os objetivos dos jogadores são, normalmente, 30 jogos, 60 jogos, 90 jogos. Se um jogador chega e faz 90 jogos com 19 anos no Sporting, qual é o dinheiro que ele vai valer?", começou por dizer em conferência de imprensa.
Amorim continuou a falar sobre as contas 'mal feitas' a respeito do Sporting, falando sobre a nova realidade do mercado de transferência há qual os adeptos terão de se habituar.
"Eu acho que as contas no Sporting são feitas para parecer muito dinheiro. O que, para nós, parece o jogador mais caro da história, é mais um dia normal para outros clubes. Quando pedem para lutar pelos mesmos objetivos, temos a mesma responsabilidade, depois gastamos um dinheirinho um bocadinho mais alto, assumimos isso, e dizem que estamos a gastar... É difícil perceber as contas dos clubes, depende também de como querem vender a situação, a verdade é que somos os que, ao longo deste projeto, gastámos menos. Não vendemos mais porque começámos agora a vender bem, vendemos é mais titulares, de certeza que somos o que vendem mais titulares", disse ainda.
Sobre Diomandé, Amorim falou sobre a relação preço-salário, que pesou na decisão de contratar o defesa central do Midtjylland.
"Temos de chegar a algum lado, apostamos nos que queremos, um miúdo de 19 anos, tem uma margem de progressão muito grande, tem objetivo de jogos, temos de pagar se não não vêm para cá. Temos de olhar para os ordenados, custam este dinheiro, mas os ordenados são mais baixos. Há uns que custam zero e, no fim, custam mais em ordenados. Isso é tudo uma forma de vender o peixe de cada um, eu fico estupefato com as contas que são feitas de uma maneira... Nós reagimos ao mercado, vamos ao mercado por jovens, vendemos dois lateral quase por 50 milhões cada um. É o nosso projeto", concluiu.
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