Nicolò Zaniolo quebrou, esta quarta-feira, o silêncio em torno da situação que atravessa da AS Roma, clube do qual tentou sair, na reta final do mercado de transferências de inverno, tendo acabado por ser afastado pelo treinador português José Mourinho.
Numa carta aberta enviada à agência noticiosa italiana ANSA, o jogador esclareceu: "Muitas coisas foram ditas e escritas sobre mim, nas últimas semanas, e muitas não são verdade. Cheguei a Roma como um desconhecido, mas a AS Roma e os romanistas acolheram-me como um deles".
"Transmitiram-me confiança, coragem e afeto nos momentos terríveis e negros das lesões. Em Tirana, com aquele golo, senti que retribuí tudo aquilo que tinha recebido, contribuindo para uma alegria imensa de todos os romanistas", referiu.
"Nos últimos meses, atravessei um período delicado, no qual foi difícil perceber qual seria o meu futuro profissional. No entanto, trabalhei sempre arduamente em campo e nos treinos, com o máximo profissionalismo", acrescentou.
O internacional transalpino abordou, ainda, o facto de ter sido ameaçado e perseguido por adeptos do conjunto giallorosso, à porta de casa, tendo-se mesmo visto obrigado a fugir e a contactar a polícia para evitar um pior cenário.
"Pela primeira vez, nos últimos dias, tive medo, por mim e pela minha família, e senti-me abandonado. Isto nunca me tinha acontecido, e fiquei muito assustado. O futuro está nas nossas mãos. Eu estendo a minha e coloco-me à completa disposição da família da AS Roma", completou.
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