O FC Porto alcançou, esta quarta-feira, a sexta vitória consecutiva em todas as competições, ao visitar e derrotar o Marítimo, por 2-0, numa partida pouco agradável de se ver, particularmente, ao longo do primeiro tempo.
'Agressividade' foi a palavra de ordem, nos Barreiros, e Fábio Veríssimo não hesitou em 'sacar' dos cartões amarelos. Val Soares viu o primeiro, aos seis minutos, Bernardo Folha o segundo, aos sete, Pablo Moreno o terceiro, aos 13 e Léo Pereira o quarto, aos 36.
Aos 38, as cartolinas começaram a adquirir outra tonalidade. Bernardo Folha voltou a ser admoestado e recebeu ordem de expulsão, assim como Pablo Moreno, quatro minutos depois. Pelo meio, também Vítor Bruno e Sérgio Conceição foram para a 'rua'.
O intervalo chegou, por fim, e o segundo tempo trouxe um jogo bem mais tranquilo, com claro pendor para o lado dos azuis e brancos, que só mantiveram o nulo até à altura graças a duas belas defesas de Diogo Costa, a remates de Val Costa e Bruno Xadas.
Aos 50 minutos, Wendell, com um grande remate à entrada da grande área, colocou a bola no fundo das redes, e, aos 55, foi a vez de Wenderson Galeno fazer o gosto ao pé. Até ao final, os homens de Sérgio Conceição limitaram-se a gerir o jogo.
Com este triunfo, o FC Porto passa a somar 42 pontos, pelo que, além de manter a distância de oito pontos para o líder, o Benfica (que tem mais um jogo), ascende ao segundo lugar, deixando para trás o Sporting de Braga, que saiu derrotado da visita ao Sporting.
Já o Marítimo, é 17.º e penúltimo classificado, com apenas 13 pontos conquistados ao cabo de 18 jornadas, menos cinco do que o Gil Vicente, equipa que continua a morar imediatamente acima da 'linha de água', fruto da derrota na visita ao Paços de Ferreira.
Figura
Wenderson Galeno voltou a denotar algumas dificuldades ao nível da tomada de decisão, mas foi, sem sombra de dúvidas, o elemento mais perigoso do FC Porto. Depois de, no primeiro tempo, ter protagonizado a única oportunidade de golo, na segunda, fez mesmo o gosto ao pé e 'matou' o jogo.
Surpresa
Evanilson regressou aos relvados, após uma ausência de mais de um mês, devido a lesão, e teve impacto imediato. Rendeu o 'desinspirado' Mehdi Taremi, ao intervalo, e, apenas cinco minutos depois de entrar, assistiu Wendell para o golo que abriu o caminho ao triunfo do conjunto azul e branco.
Desilusão
Os olhos estavam postos em Bernardo Folha, que, apenas uma semana depois de se ter estreado a marcar pela equipa principal, no triunfo sobre o Académico de Viseu, foi aposta a titular. Uma oportunidade, no entanto, desperdiçada. Passou ao lado do jogo e ainda viu dois cartões amarelos no espaço de 31 minutos, deixando o FC Porto reduzido a dez unidades ainda na primeira parte.
Treinadores
José Gomes: A estratégia do Marítimo era clara. Travar o ímpeto do FC Porto de todas as maneiras e feitios, para, sempre que possível explorar as alas. Por entre a 'batalha campal', os insulares conseguiram ensaiar alguns cruzamentos e remates perigosos a partir de longe, mas, na segunda parte, as 'pilhas' acabaram e a derrota surgiu com naturalidade.
Sérgio Conceição: Exibição muito apagada do FC Porto, a nível ofensivo, especialmente, no primeiro tempo, onde não houve capacidade de desequilíbrio. A partir das expulsões de Bernardo Folha e Pablo Moreno a equipa cresceu, e a entrada de Evanilson deu a 'estocada final' nos homens da casa.
Árbitro
Noite de muito trabalho para Fábio Veríssimo, que adotou, desde bem cedo, um critério disciplinar rigoroso, o que se traduziu na exibição de três cartões amarelos nos 13 primeiros minutos. No entanto, a determinada altura, 'perdeu os papéis'. As expulsões de Bernardo Folha e Pablo Moreno não merecem discussão, mas a verdade é que, a certo ponto, o rigor tornou-se, no mínimo, intermitente.
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