Bernd Reichart, CEO da A22, empresa que apoia a Superliga Europeia, concedeu uma entrevista ao diário L'Équipe em que analisou algumas questões de grande importância no futebol europeu, como por exemplo a investigação aberta pela Premier League ao Manchester City.
"Isto é uma grande preocupação no mundo do futebol: a competitividade e o facto de o sistema não se autofinanciar, de não viver com os recursos que tem à sua disposição. O futebol só deve gastar o que gera. Há um sobreaquecimento do sistema económico europeu, motivado pela injeção de capital externo, que impede muitos clubes de serem competitivos. Não é saudável. O futebol aumenta o seu volume de negócios, mas ao mesmo tempo aumentam as perdas económicas. Um estudo da Deloitte mostra que, de todos os clubes que disputam a Liga dos Campeões, apenas cinco estão pelo menos em equilíbrio. O resto perde dinheiro. Por fim, a introdução de um jogo justo financeiro estrito, com sanções significativas em caso de incumprimento, promoverá a viabilidade do sistema a longo prazo”.
O projeto, que continua publicamente endossado por três grandes clubes, Real Madrid, Barcelona e Juventus, considera o estilo de financiamento do PSG ou do City como um atentado à correta viabilidade do sistema. “Mantemos a ideia de que os clubes não poderão dedicar mais de 55% do seu orçamento à folha de pagamentos. Também queremos proibir o manuseamento de certos clubes com contratos de patrocínio inflacionados. O futebol pode oferecer mais entretenimento aos seus adeptose estabelecer regras financeiras que o impeçam de gastar mais do que gera”, disse Reichart.
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