"Tendo como pano de fundo a contínua agressão russa e os seus crimes de guerra devastadores, o Comité Olímpico Internacional (COI) está a 'explorar caminhos' para permitir que atletas russos participem dos Jogos Olímpicos de Paris. Pedimos aos nossos parceiros que se juntem à nossa maratona de honestidade, combatam esses esforços e protejam a Carta Olímpica", escreveu no Twitter.
Em 27 de janeiro, Volodymyr Zelenski anunciou o início da chamada maratona da honestidade, com o objetivo de "limpar a hipocrisia dos dirigentes das estruturas olímpicas internacionais e de qualquer tentativa de incorporação de representantes do estado terrorista no desporto mundial".
O presidente acompanha o seu 'tweet' com um vídeo em que recorda que nos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em 2021, 45 das 71 medalhas obtidas pela Rússia foram conquistadas por atletas ligados a clubes desportivos do exército russo.
"E agora os ucranianos podem enfrentar muitos deles em Paris. E provavelmente haverá bandeiras russas ou símbolos Z pró-guerra nas arquibancadas", acrescenta Volodymyr Zelenski no vídeo.
Enquanto as autoridades olímpicas insistem que "o desporto é apolítico", a Ucrânia afirma que "permitir que atletas russos possam competir violaria os princípios fundamentais da Carta Olímpica".
A Carta Olímpica, regulamento adotado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), estabelece um conjunto de princípios fundamentais, regras, estatutos e guias para a organização dos Jogos Olímpicos.
O presidente questiona ainda se esta situação "é sobre a verdadeira neutralidade do desporto ou sobre a rendição à brutal força russa" e lembra que os ataques destruíram 343 instalações desportivas e causaram a morte de 231 atletas e treinadores ucranianos.