Chama azul destrói 'laboratório' de Amorim. As notas do Sporting-FC Porto

Dragões mantêm 'vivo' o sonho da revalidação do título de campeões nacionais, ao saírem por cima, numa noite em que o treinador leonino 'inventou' muito... e quase sempre mal.

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Carlos Pereira Fernandes
13/02/2023 06:34 ‧ 13/02/2023 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Análise

Mais um Clássico, mais uma vitória do FC Porto sobre o Sporting. Desta feita, por 2-1, no duelo que deixou bem claro que o título será discutido a dois (ou, potencialmente, a três, dependendo da vontade do Sporting de Braga)... e que os leões não fazem parte desta equação.

O conjunto verde e branco, diga-se de sua justiça, entrou bem no jogo, e foi, claramente, a melhor equipa da primeira parte, criando mesmo quatro ocasiões claras. Na primeira, Marcus Edwards atirou a centímetros do poste, na segunda, Francisco Trincão acertou mal na bola, na terceira, Youssef Chermiti atirou contra Iván Marcano, e na quarta, Diogo Costa 'voou' para negar o golo ao ex-Tottenham.

Pelo meio, os campeões nacionais em título atiraram uma bola aos ferros, por intermédio de Mehdi Taremi, e outra... para as 'nuvens', por Wenderson Galeno, em posição perigosa, fazendo transparecer a ideia de que, ou muito mudaria após o intervalo, ou dificilmente chegaria ao triunfo.

E a verdade é que mudou mesmo. Após uma primeira parte de uma intensidade 'louca', a segunda trouxe um jogo mais expectante de parte a parte. Curiosamente, até foi aí que o FC Porto, que só tinha conseguido criar perigo em transições, conseguiu, de uma vez por todas, desfazer o nulo, quando o relógio contava já 60 minutos de Clássico.

Matheus Uribe tentou deixar a bola em Mehdi Taremi, mas viu-a ressaltar em Manuel Ugarte e 'trair' Gonçalo Inácio, deixando ambos totalmente arredados do lance. Totalmente isolado em frente à baliza, o internacional colombiano não perdoou, e atirou para o fundo das redes à guarda de Antonio Adán.

O Sporting respondeu com mais coração do que cabeça, e, aos 90 minutos, repôs mesmo a igualdade, por intermédio de Youssef Chermiti, mas o lance foi invalidado pelo VAR, uma vez que a jovem promessa estava em posição irregular. Instantes depois... houve novo golo azul e branco, desta feita, de Pepê.

Já nos descontos, Youssef Chermiti acabaria mesmo por marcar, com recurso a um belo cabeceamento, mas o desfecho já estava ditado. O FC Porto parte, assim, para as últimas 14 jornadas da temporada na segunda posição da I Liga, com 48 pontos, menos cinco do que o Benfica, que segue na liderança isolada. O Sporting, por sua vez, é quinto classificado, já a 15 pontos do topo da tabela.

Figura

Num Clássico tão disputado, esta distinção só poderia ir para os homens da 'casa das máquinas', que é como quem diz, do meio-campo. Manuel Ugarte foi 'omnipresente', mas, do outro lado, Matheus Uribe não lhe ficou atrás, assinando uma exibição 'imaculada', que coroou com o golo que abriu caminho ao triunfo azul e branco.

Surpresa

Naquilo que foi uma estreia a titular 'de fogo' pelo Sporting, Héctor Bellerín respondeu com nota positiva, particularmente, no capítulo defensivo, onde esteve (quase) intransponível. Ofensivamente, não foi tão acutilante, mas não deixou de arriscar, como sucedeu, aos 23 minutos, quando cruzou rasteiro para o remate perigoso de Francisco Trincão.

Desilusão

Para surpresa de todos, Paulinho começou o jogo sentado no banco de suplentes. E ainda mais surpreendente foi facto de ter sido lançado... aos 35 minutos, para o lugar de Francisco Trincão. Após a polémica suspensão do castigo que lhe foi aplicado, o avançado passou completamente ao lado do jogo, tocando apenas sete vezes na bola e sendo 'presa fácil' para a defesa adversária.

Treinadores

Rúben Amorim: O treinador do Sporting foi uma autêntica 'caixinha de surpresas', a maior parte delas, pela negativa. Fatawu Issahaku foi voluntarioso, mas 'trapalhão', pelo que foi sem surpresa que deu lugar a Nuno Santos, ao intervalo. Antes disso, já Paulinho tinha sido lançado para o lugar de Francisco Trincão, para uma posição pouco habitual. Como se não bastasse, ainda retirou Héctor Bellerín, uma das peças mais fiáveis, para lançar Ricardo Esgaio... que 'riscou', apenas 15 minutos depois, para fazer entrar Arthur Gomes. Tanta mexida só podia mesmo ter dado mau resultado.

Sérgio Conceição: O técnico do FC Porto fez o que pôde, com uma extensa lista de ausências, na qual se destacava, claro está, o nome de Otávio. A equipa teve dificuldades, especialmente, na primeira parte, mas, na segunda, a maior maturidade, assim como a 'garra', vieram ao de cima. Esta foi, acima de tudo, uma vitória de uma equipa que sabe aquilo que quer e o que tem de fazer para lá chegar.

Árbitro

Uma exibição, praticamente, imaculada de Artur Soares Dias, que desde o primeiro instante deixou bem claro que ia procurar deixar jogar, isto sem descurar o constante diálogo com os jogadores, para evitar uma escalada de agressividade. A única 'mancha' teve lugar ainda na primeira parte, quando 'perdoou' o cartão amarelo a Pepe por uma pisadela claramente deliberada a Youssef Chermiti.

Leia Também: Cartões e penáltis perdoados? Os lances polémicos do Sporting-FC Porto

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