O Barcelona está envolto em nova polémica por conta de alegados pagamentos ilícitos ao antigo vice-presidente do Comité de Árbitros do Futebol espanhol. Josep Bartomeu, que era presidente do clube à data dos factos, 'lavou as mãos' do caso e apontou o dedo a Laporta pela contratação do serviço que a direção, em 2019, teve de cancelar por conta dos custos.
"O documento que circula por aí é de 2019, quando terminámos a relação com essa empresa. Ele [Enríquez Negreira, ex-vice-presidente do Comité de Árbitros] ligou-me a dizer que estávamos a jogar com o dinheiro da família dele. O clube não brincava com o dinheiro de ninguém, simplesmente prescindiu dos serviços do filho dele. Em 2018 começámos a cortar custos e disseram-me que o serviço custava muito dinheiro. Foi aí que se decidiu cancelá-lo", começou por dizer em declarações ao ABC, apontando o dedo a Laporta.
"A primeira fatura é de 2001, quando Joan Gaspart era presidente. Quando Laporta chegou ao clube, as faturas rondavam os 150 mil euros. Quando Sandro [Rossell, ex-presidente] é nomeado, eram muito mais de meio milhão de euros. A única coisa que posso dizer é que cortei a torneira de Negreira no Barcelona e Laporta quadruplicou-lhe o salário", disse ainda.
Os pagamentos polémicos que Bartomeu manteve durante parte da sua presidência, no entanto, em nada tiveram a ver com pedidos de benefícios desportivos para o Barcelona.
"Parece que com este serviço estávamos a pedir mais penáltis a favor ou queríamos condicionar as decisões dos árbitros e não é o caso. Este senhor teve poder zero entre os árbitros. Nunca pedimos nada aos árbitros", concluiu.
O Barcelona foi acusado de ter pago o valor de 1,4 milhões de euros à DASNIL 95, a empresa detida por Negreira, vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros da Real Federação Espanhola de Futebol entre 1994 e 2018. Segundo a nova Lei do Desporto de Espanha, o caso já prescreveu.
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