Sorrisos e atrás de sorrisos naquele que é o dia mais histórico do futebol feminino português. A seleção nacional feminina garantiu esta quarta-feira a presença inédita no Mundial da categoria e vai estar presente na maior prova de seleções que acontece neste verão.
No último encontro deste grupo A do playoff intercontinental, a equipa de Francisco Neto levou a melhor sobre os Camarões, vencendo por 2-1, e escreveu uma página de ouro na história nacional em Hamilton, na Nova Zelândia.
A formação nacional entrou da melhor maneira no encontro e antes dos cinco minutos esteve perto de marcar. Primeiro, aos dois minutos, Jéssica Silva obrigou Catherine Biya a uma defesa atenta pela linha de fundo. Na sequência do canto, Kika Nazareth cabeceou ao poste da baliza dos Camarões.
Portugal pressionava e marcou mesmo o primeiro golo do encontro aos 22 minutos. Após um livre lateral, Kika Nazareth voltou a atirar ao poste e, na recarga, Diana Gomes inaugurou o marcador.
Estava dado o primeiro passo para um dia histórico para as cores nacionais. Os Camarões procuraram reagir logo de seguida, mas Patrícia Morais mostrou-se intransponível entre as redes da seleção portuguesa. E a equipa de Francisco Neto poderia ter ficado reduzida a dez unidades perto do intervalo, mas o VAR entendeu não existirem razões para expulsar Ana Borges. Ainda perto do intervalo, Jéssica Silva esteve perto de marcar.
O segundo tempo trouxe Portugal na mesma toada dos primeiros 45 minutos. As jogadoras portuguesas tiveram um reinício dominador e Andreia Norton atirou à barra da baliza da seleção africana. Os Camarões foram mais sorrateiros nesta etapa complementar e procuraram ferir as cores nacionais até à reta final da partida na Nova Zelândia.
A seleção africana acabou mesmo por colocar a bola no fundo das redes de Patrícia Morais aos 84 minutos, mas o remate certeiro de Michaela Abam foi anulado por fora de jogo. A equipa nacional colocou-se a jeito e acabou mesmo por sofrer o golo do empate aos 89'. Nchout recebeu a bola à entrada da área portuguesa, rodou e atirou rasteiro para o empate.
Avizinhava-se o prolongamento na Nova Zelândia, mas no pior momento de Portugal no encontro apareceu uma grande penalidade. Corriam os nove minutos de descontos quando o VAR descortinou um castigo máximo para Portugal. Chamada a converter, Carole Costa não desperdiçou o penálti e colocou Portugal no Mundial de futebol feminino.
Portugal junta-se, assim, no Grupo E desta prova, onde vai defrontar os Países Baixos (jogo em 23 de julho), medalhas de prata no último Campeonato do Mundo, Vietname (27 de julho) e as campeãs em título Estados Unidos (01 de agosto).
A fase final do Mundial feminino de 2023 realiza-se na Austrália e na Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto.