A mais recente decisão é passível de recurso para uma instância superior, mas, a ser apresentada, é pouco provável que a mesma seja analisada antes de sábado, dia do jogo.
Na terça-feira, o órgão de segurança de Kayseri proibiu a presença de qualquer adepto do clube treinado por Jesus por causa dos protestos ocorridos na última jornada, no estádio do Fenerbahçe, em Istambul, em que foi pedida a demissão do governo, face aos mais de 45.000 mortos resultantes do sismo que afetou o sudeste do país.
Na sequência de um recurso apresentado pelo Fenerbahçe, na quinta-feira um tribunal administrativo de Kayseri suspendeu a proibição imposta pela Junta de segurança, voltando a permitir a presença de adeptos.
No sábado, na goleada em casa ao Konyaspor (4-0), os adeptos pediram, com cânticos, a demissão do governo liderado há 20 anos por Recep Tayyip Erdogan, criticando a falta de coordenação e a gestão ineficiente após os sismos no sul e centro da Turquia e norte e oeste da Síria.
Os protestos no jogo do Fenerbahçe foram seguidos no dia seguinte, no domingo, pelos adeptos do rival Besiktas, com milhares a entoarem as mesmas palavras "governo, demissão", num jogo em que atiraram milhares de brinquedos e peluches para o relvado, em homenagem às crianças vítimas do sismo.
Em resultado, alguns adeptos do Besiktas foram detidos e o líder do partido de ação nacionalista, aliado de Erdogan, pediu que os jogos se realizem sem adeptos, caso continuem os protestos.
O campeonato turco é liderado pelo Galatasaray, com 54 pontos, seguido do Fenerbahçe, com 48, e do Besiktas, com 40.