Haris Seferovic concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao jornal O Jogo, na qual passou em revista a sua carreira ao serviço do Benfica, clube que deixou no passado verão para representar o Galatasaray e, agora, o Celta.
Questionado sobre a saída do clube da Luz, o avançado helvético assume que foi o próprio a tomar essa iniciativa, depois de uma conversa com Roger Schmidt no arranque da temproada.
"Eu queria sair. Sabia que ia mudar muita coisa no Benfica, que era uma mudança de ciclo. Ele falou comigo e disse-me claramente não iria contar comigo com a importância que eu desejaria, que contaria comigo se eu continuasse no plantel, mas sem prometer que iria jogar muito. Foi direto e sincero comigo. Eu quando cheguei também lhe disse que estava a ver possíveis destinos, porque também queria experimentar outros campeonatos. Ele disse-me que não havia problema e que iria treinar com ele como se fosse um jogador importante do grupo", começou por dizer Haris Seferovic.
"Sempre fui apoiado por todas as pessoas do Benfica. Eu também estava concentrado no meu trabalho e por isso fiquei aí cinco anos. Se não fizesse o meu trabalho não estaria tanto tempo. Sempre fui acarinhado por eles e no final os 74 golos que marquei dizem tudo. É um número que não me parece assim tão mau. Não é fácil ficar no Benfica cinco anos porque o jogador que não tiver ou não mostrar qualidade vai rapidamente embora porque o Benfica é um dos melhores clubes do mundo, com a história que todos conhecem", acrescentou, sublinhando que não mudaria nada na passagem pelo clube da Luz, onde esteve durante cinco temporadas.
"Acho que não mudava nada. Tudo o que aconteceu fez-me crescer como jogador e como pessoa. E tudo está bem assim, tenho a minha história no Benfica, deixei a minha marca", finalizou.
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