Entrevistado pela agência Lusa, Pedro Ribeiro recordou que "o clube alcançou a manutenção na penúltima jornada" da II Liga 2022/23 e disse esperar "fazer melhor" do que o 15.º lugar obtido no final de uma "época extremamente difícil".
O técnico, de 37 anos, orientou clubes como BSAD, Penafiel e Académico de Viseu e rendeu Vitor Martins no comando técnico dos leixonenses, destacando que assinou por três anos com o intuito de "devolver o Leixões ao patamar a que pertence, que é a I Liga, mas de forma sustentada e progressiva".
"Não temos esse objetivo para a próxima época ou para o segundo ano ou terceiro. Queremos durante os próximos três anos reunir condições para que isso aconteça", ressalva, sublinhando que, "esta época e durante este projeto", pretende que os adeptos se revejam numa equipa "trabalhadora e forte".
Pedro Ribeiro quer uma "equipa que deixe tudo em campo" e adverte que "isso há de ser inegociável".
"O Leixões é um clube histórico e dos mais especiais também, não é só da II Liga, é do futebol português", disse Pedro Ribeiro, que sabe que "os adeptos querem resultados" e são tão devotos quanto impacientes.
O treinador diz que "a paciência terá de ser conquistada com aquilo que eles vêm dentro de campo", insistindo também que é preciso "gerir as expectativas, porque não se passa de um cenário em que a manutenção foi alcançada na penúltima jornada para um cenário totalmente diferente".
Cauteloso, o técnico adverte que "esta época não vai ser mais fácil" do que foi a anterior.
"Acredito que será ainda mais difícil", reforça.
A equipa iniciou a sua preparação para a nova época há três semanas e tem o seu primeiro jogo oficial do Leixões já neste domingo, dia 23, no Estádio do Mar, em Matosinhos, frente ao Feirense, para a primeira fase da Taça da Liga.
Pedro Ribeiro pretende "começar bem, sendo que o objetivo central época é a II Liga", e recordou que "o Feirense ficou sempre à frente do Leixões desde que desceu à II Liga", prevendo "um jogo de uma dificuldade alta já e equilibrado".
"É verdade que esta pré-época é um bocadinho atípica, porque teremos competição oficial ao fim de três semanas de trabalho e isso normalmente acontece às cinco ou seis semanas", observou, convicto, porém, de que todas as equipas chegarão a este primeiro jogo oficial nas mesmas condições.
Face a essa realidade anormal, o técnico diz que tentou "não queimar etapas", até para não causar danos físicos nos jogadores.
"É evidente que os jogadores vão chegar mais bem preparados ao primeiro jogo da II Liga [com o Penafiel, fora, no dia 13 de agosto] do que neste domingo, porque é normal", frisou.
O Leixões não fez estágio, preparou-se para a nova temporada só no Estádio do Mar e Pedro Ribeiro tem um plantel constituído por 27 jogadores que ainda sofrerá "alguns reajustes, no sentido de dar equilíbrio a um ou outra posição".
"Só fecharemos os jogadores quando forem os jogadores certos. Não estamos desesperados. Temos um bom plantel. Precisamos de dois ou três reforços", explicou Pedro Ribeiro.
O treinador refere ser "uma equipa basicamente nova, com cerca de dez jogadores da época passada, muitos jogadores oriundos da formação leixonense e das equipas B e de sub-23".
"Temos jogadores como o Moshood e o Lawrence que são pela primeira vez profissionais de futebol, que jogaram pela equipa B que foi campeã distrital do Porto e vão pertencer ao nosso plantel", aponta Pedro Ribeiro, acrescentando que "cerca de 70% da equipa é constituída por jogadores abaixo de 24 anos".
Segundo o treinador, trata-se de "um plantel jovem, mas extremamente ambicioso, e que precisa de entender a realidade competitiva em que está".
Para tal, o técnico leixonense diz que a equipa "precisa de jogos e de rotinas" e que o Estádio do Mar seja uma "fortaleza", para ser "muito difícil para as equipas adversárias" jogarem ali.
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