A grande maioria dos elementos que compõem a equipa técnica da seleção feminina de Espanha, que se sagrou campeã mundial este mês, bem como vários outros das categorias jovens, apresentou este sábado a demissão em bloco, em protesto com Luis Rubiales, presidente da RFEF. No entanto, o selecionador Jorge Vilda, que ainda ontem aplaudira o discurso de Rubiales, não está incluído e mantém-se no cargo.
"As pessoas que assinaram esta declaração manifestam a mais firme condenação perante a atitude do presidente da Federação com a jogadora da seleção Jenni Hermoso", pode ler-se no comunicado.
Os membros que se demitiram são: Montse Tomé Vázquez; Javier Lerga Garayoa; Eugenio Gonzalo Martín; Blanca Romero Moraleda; Carlos Sánchez García; Rubén Jiménez Gómez; Sonia Bermúdez Tribano; Javier Velázquez Díaz; Javier Egido Saz; Ander Ruíz Mitxelena e Elena Fernández Castaño.
Recorde-se que a FIFA anunciou, esta manhã, ter suspendido provisoriamente o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, na sequência do polémico beijo à jogadora da seleção espanhola Jenni Hermoso.
A polémica no futebol espanhol surgiu no domingo passado, durante as comemorações do inédito título mundial por parte da seleção feminina espanhola, que derrotou na final, disputada em Sydney, a Inglaterra por 1-0, quando, na altura da entrega dos prémios, Rubiales beijou na boca Hermoso.
Seguiram-se inúmeras críticas ao sucedido, tendo Hermoso, depois de numa primeira versão ter dito que tudo ocorreu num momento de maior euforia, afirmado que não tinha consentido o beijo.
Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a RFEF levou a cabo, na sexta-feira, uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales, o que não veio a suceder, dando origem a um novo pico de contestação e extremado as posições, com as jogadoras a anunciarem não estarem disponíveis para representar a seleção enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.
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