A polémica em torno do beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso nos festejos do Mundial feminino conquistado por Espanha, no passado domingo, continuam na ordem do dia, sendo que, para além de todos os problemas que isso tem gerado na Federação Espanhola de Futebol (RFEF), o Governo do referido país teme que a candidatura ao Mundial'2030 seja afetada.
De acordo com informações adiantadas pelo jornal El Mundo, Victor Francos, secretário de Estado do Desporto manifestou a sua preocupação quanto à organização da prova, marcando-o como um fator diferencial em todo o escândalo e enviando uma carta à Federação a solicitar um relatório sobre o estado de relações com a FIFA.
Ainda segundo a mesma publicação, o membro do Governo espanhol irá iniciar contactos com o referido organismo do futebol mundial para que a candidatura não seja "afetada" em função do impasse que se gerou em torno da liderança da RFEF, com a suspensão provisória de Luis Rubiales, com Pedro Rocha Junco a assumir a função de forma interina.
De referir que Espanha pretende organizar o Campeonato do Mundo de 2030, juntamente com Portugal e Marrocos.
Recorde-se que a FIFA anunciou, este sábado, ter suspendido provisoriamente o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, na sequência do polémico beijo à jogadora da seleção espanhola Jenni Hermoso.
A polémica no futebol espanhol surgiu há precisamente uma semana, no passado domingo, durante as comemorações do inédito título mundial por parte da seleção feminina espanhola, que derrotou na final, disputada em Sydney, a Inglaterra por 1-0, quando, na altura da entrega dos prémios, Luis Rubiales beijou na boca a autora do decisivo golo.
Seguiram-se inúmeras críticas ao sucedido, tendo Jenni Hermoso, após numa primeira versão ter dito que tudo ocorreu num momento de maior euforia, afirmado que não tinha consentido o beijo.
Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a RFEF levou a cabo, na passada sexta-feira, uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales, o que não veio a suceder, dando origem a um novo pico de contestação e extremado as posições, com as jogadoras a anunciarem não estarem disponíveis para representar a seleção enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.
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