11 anos depois, o Sporting de Braga está de volta à fase de grupos da Liga dos Campeões, graças ao triunfo conquistado no Estádio Olímpico de Atenas, sobre o Panathinaikos, por 0-1, depois da vitória celebrada na Pedreira, por 2-1.
Os arsenalistas foram a jogo de olhos postos no resultado, pouco dispostos a arriscar em demasia, até porque sabiam que, do outro lado, estava uma equipa 'empurrada' por uma 'eletrizante' atmosfera criada pelos mais de 60 mil adeptos que se encontravam nas bancadas.
Se é verdade que estes tiveram impacto direto no jogo (tendo mesmo chegado a interrompê-lo por três vezes, devido ao uso de lasers), também o é que os homens de Artur Jorge souberam ter a 'cabeça fria' para contornar as adversidades.
Abel Ruiz deu o primeiro sinal de aviso, aos 14 minutos, quando atirou a centímetros do poste, o que mereceu resposta imediata. Aos 18, os gregos podiam ter marcado, não fosse Fotis Ioannidis ter chegado ligeiramente atrasado ao cruzamento de Sebastián Palacios.
Aos 31, Abel Ruiz voltou a desperdiçar, desta feita, ao permitir a defesa a Alberto Brignoli, quando estava isolado. Já à beira do apito para o intervalo, foi a vez de Matheus Magalhães brilhar, com uma grande defesa a cabeceamento de Georgios Vagiannidis.
O guarda-redes brasileiro foi chamado a intervir, logo no arranque do segundo tempo, desta feita, para negar o golo a Sebastián Palacios. O nulo lá se manteve até aos 83 minutos, quando Bruma apareceu para dar a 'machadada final' na eliminatória.
O Sporting de Braga junta-se, desta maneira, ao Benfica e ao FC Porto na fase de grupos da Liga dos Campeões. O trio de representantes portugueses ficará a conhecer os respetivos adversários já no sorteio da próxima quinta-feira, pelas 17h00 (hora de Portugal Continental).
Figura
Bruma marcou o golo que 'matou' a eliminatória, mas o jogador mais decisivo de todos foi mesmo Matheus Magalhães. Com duas defesas magistrais, a fechar a primeira parte e a abrir a segunda, o guarda-redes manteve o Sporting de Braga 'vivo' na eliminatória.
Surpresa
Artur Jorge optou por Álvaro Djaló em detrimento de Pizzi, e a aposta revelou-se acertada. O avançado espanhol procurou sempre levar a equipa para a frente, mesmo quando o Panathinaikos a 'empurrava às cordas'. Pelo meio, ainda foi ajudando a defesa.
Desilusão
Se, do lado direito da defesa do Panathinaikos, Giorgios Vagiannidis foi um autêntico 'todo-o-terreno', do esquerdo', Juankar não lhe chegou aos calcanhares. Não conseguiu travar Álvaro Djaló, atrapalhou-se no ataque, e, no fim, ainda recebeu ordem de expulsão.
Treinadores
Ivan Jovanovic: O Panathinaikos estava obrigado a vencer para evitar a eliminação, mas a verdade é que nunca demonstrou ser superior ao Sporting de Braga, isto apesar das 'dores de cabeça' provocadas, principalmente, por Georgios Vagiannidis e Sebastián Palacios.
Artur Jorge: Depois do resultado da primeira mão, esperava-se um Sporting de Braga com uma atitude mais expectante, o que acabou por acontecer. Ainda assim, os minhotos nunca tiraram os olhos da baliza, e fizeram por merecer o apuramento para a Liga dos Campeões.
Árbitro
Um jogo muito complicado para Daniele Orsato, dada a atmosfera 'diabólica' criada pelas bancadas e pela agressividade aplicada de parte a parte. Ainda assim, soube gerir o rumo dos acontecimentos, tirando uma ou outra medida disciplinar que ficou por tomar.
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