A polémica dos festejos no Mundial feminino conquistado por Espanha já leva mais de duas semanas, porém, Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), atualmente suspenso, continua a despertar muitas críticas, embora também a posição de quem o condene seja alvo de contestação.

A seleção masculina espanhola condenou as atitudes de Luis Rubiales após ter beijado Jenni Hermoso na boca, através de um comunicado lido por Morata, Azpilicueta, Rodri e Asensio, esta segunda-feira, mas mesmo isso foi considerado "insuficiente" e "tardio" por parte de Verónica Boquete, internacional espanhola, sobretudo pela posição tomada no remate final do assunto.

"Queremos repudiar o que consideramos ser um comportamento inaceitável por parte do Sr. Rubiales, que não esteve à altura da instituição que representa" foi uma das frases marcantes lida pelos jogadores da seleção masculina, que encerrou o discurso a pedir que se começasse a falar do que realmente se passa dentro de campo. "Gostaríamos de poder concentrar-nos nas questões desportivas a partir de agora, dada a importância dos desafios que temos pela frente", disseram esta segunda-feira.

A futebolista de 36 anos, atualmente na Fiorentina, salientou essa última intervenção e acabou por atacar a defesa que os jogadores fizeram em relação ao escândalo que abraçou o futebol feminino no passado dia 20 de agosto, após o triunfo de Espanha frente a Inglaterra, por 1-0, na final.

"Comunicado'? Recebi como muitas pessoas receberam. É tardio e é insuficiente. Entendo que não é uma situação fácil, mas para mim, além de estarem a faltar coisas nessa declaração, não estou a perceber o quarto e último ponto", começou por dizer em declarações citadas no Mundo Deportivo.

"A intenção é muito boa, mas não sei se é tentar ficar bem ou, pelo menos, a querer posicionar. algo É corajoso, mas o último ponto, em que dizem que agora se inicia uma nova jornada, que iniciam uma competição e querem focar apenas no desporto, faz-me pensar que essa afirmação é apenas para evitar perguntas incómodas. Esse é o problema que tantas vezes reclamamos", completou.

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