Jorge Vilda já não é treinador da seleção espanhola de futebol feminino. O técnico de 42 anos reuniu-se com Pedro Rocha na sede da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), esta terça-feira, tendo recebido a informação de que não continuará em funções, conforme comunicado pelo referido organismo.
"Valorizamos a sua impecável conduta pessoal e desportiva, sendo UMA peça-chave no notável crescimento do futebol feminino em Espanha. Durante sua extensa trajetória, Vilda foi um divulgador dos valores do respeito e do espírito esportivo no futebol", pode ler-se na nota emitida no site oficial da RFEF.
"A RFEF gostaria de expressar o seu agradecimento a Jorge Vilda pelos serviços prestados, pelo seu profissionalismo e dedicação durante todos estes anos, desejando-lhe os maiores sucessos no futuro. A RFEF fica com um legado desportivo extraordinário graças à implementação de um modelo de jogo reconhecido e de uma metodologia que tem sido um motor de crescimento para todas as categorias femininas da seleção nacional", concluiu o organismo que não tem tido dias fáceis desde o extraordinário feito alcançado no futebol feminino.
O 'caso Rubiales' acaba, assim, por causar mais estragos na seleção espanhola feminina, já depois de dezenas de jogadoras de futebol terem assinado um comunicado em que se recusavam a ser convocadas enquanto os atuais dirigentes se mantivessem em funções, algo que levou onze membros da equipa técnica a apresentar a demissão dos respetivos cargos.
Jorge Vilda rapidamente ficou no 'olho do furacão' na sequência da suspensão de Luís Rubiales, sobretudo quando aplaudiu o seu discurso, na Assembleia Geral Extraordinária realizada no passado dia 25 de agosto, que garantia que não se iria demitir após ter dado um beijo na boca a Jenni Hermoso nos festejos da conquista do Mundial feminino.
Com a suspensão de Luis Rubiales do cargo de liderança do organismo que tutela o futebol espanhol - e que esta terça-feira voltou a pedir desculpas pelo sucedido através do presidente interino Pedro Rocha -, Jorge Vilda acabou por ficar numa 'luta a sós', tendo perdido o cargo que ocupava desde 2018, coroado com a mais recente conquista do Mundial feminino, frente à seleção de Inglaterra (1-0), apesar de todas as polémicas que se seguiram.
𝗢𝗙𝗜𝗖𝗜𝗔𝗟 | La RFEF destituye a Jorge Vilda como seleccionador nacional y director deportivo.
— RFEF (@rfef) September 5, 2023
El técnico ha sido clave para el notable crecimiento del fútbol femenino y deja a España como campeona del mundo y segunda en el ranking FIFA.
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[Notícia atualizada às 15h55]
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