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As notas do Braga-Napoli: Amargo de boca trama sonho (e valentia) minhota

Bracarenses ainda sonharam com o empate fruto do golo tardio de Bruma, mas um autogolo de Niakaté deitou por terra essas aspitações.

As notas do Braga-Napoli: Amargo de boca trama sonho (e valentia) minhota
Notícias ao Minuto

06:31 - 21/09/23 por Rodrigo Querido

Desporto Análise

O cinismo italiano tramou as aspirações do Sporting de Braga. Onze anos depois, os minhotos voltaram, na noite de quarta-feira, à maior montra do futebol europeu. A exibição não foi de encher o olho, mas chegou para, em alguns momentos, colocar  em sentido o campeão transalpino. Até porque o Napoli só ganhou nos descontos do segundo tempo.

Carácter não faltou aos homens de Artur Jorge. Tal como prometido na antevisão, a equipa portuguesa não se amedrontou perante um adversário com maior estaleca europeia. Mas teve o infortúnio de sofrer um golo já perto do apito final.

Competente, o Napoli foi gerindo o encontro ao longo do primeiro tempo e deu a primeira estocada no final da etapa inicial. À sombra da vantagem curta, o clube do sul de Itália permitiu que o Sporting de Braga crescesse no segundo tempo e Bruma acabou por dar esperanças para aquele que poderia ser um resultado épico.

Mas a experencia do adversário fez-se sentir. O Napoli demorou apenas quatro minutos para voltar para a frente do marcador, contando com um autogolo de Niakaté para ajudar à festa. Pizzi ainda atirou com estrondo ao ferro no último lance do encontro.

Mas vamos às notas desta partida:

Figura

Di Lorenzo foi a grande figura do lado dos italianos. Foi uma autêntica 'carraça' para a equipa minhota. Colocou Bruma no bolso ao longo de quase todo o jogo e esteve sempre bem posicionado. Apareceu várias vezes em zonas adiantadas do terreno e prova disso foi o golo que marcou no final da primeira parte.

Surpresa

Matheus Magalhães foi um porto seguro para os guerreiros. Ajudou a manter a equipa viva no arranque do primeiro tempo com três belas defesas, duas delas junto ao poste.

Desilusão

José Fonte chegou este verão a Braga para dar experiência ao setor mais recuado da equipa minhota, mas neste jogo apresentou muitas dificuldades. Cometeu alguns erros de palmatória para um atleta do seu calibre.

Treinadores

Artur Jorge

Prometeu que a Liga dos Campeões não ia castrar a ambição da sua equipa ganhar e isso ficou bem patente no relvado. Antes do apito inicial, ninguém previa que o Sporting de Braga pudesse sair com pontos deste jogo. Ainda assim, a exibição apresentada em campo justificava, pelo menos, o empate. Porém, destaque pelo lado negativo para a ansiedade que travou aquilo que podia ser uma noite histórica.

Rudi Garcia

Não foi a melhor exibição do Napoli, que tem estado com várias dificuldades a nível interno. Contudo, a experiência nestas lides europeias veio ao de cima e foi suficiente para a conquista dos três pontos. Os italianos controlaram as incidências da partida desde cedo, mas descanaram um pouco à beira dessa curta vantagem. Podia ter saído caro, mas, para azar do Sporting de Braga, um autogolo entregou a vitória aos italianos.

Arbitragem

Bom trabalho da equipa liderada por Serdar Gozubuyuk. O árbitro neerlandês corrigiu bem a decisão de assinalar grande penalidade no lance de Niakaté e Osimhen.

Leia Também: 'Mamma mia, Niakaté'. Sp. Braga regressa à Champions com derrota tardia

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