A investigação judicial, revelada hoje pelo diário La Provence, que cita o procurador Dominique Laurens, não está relacionada com o encontro com os parisienses, envolto também em polémica, com o governo francês a exigir sanções para os autores dos cânticos homofóbicos proferidos durante a partida.
As "ameaças pessoais" e a "intimidação" que Pablo Longoria denunciou publicamente remontam a uma reunião realizada em 18 de setembro com responsáveis das principais claques do Marselha, um dia após o empate 1-1 com o Toulouse, e que teve como consequência o despedimento do treinador espanhol Marcelino García Toral.
Os líderes dos grupos organizados de adeptos do clube já negaram ter efetuado ameaças a Pablo Longoria, que, de acordo com Dominique Laurens, deverá apresentar uma queixa no Ministério Público "durante esta semana".
Também hoje, a ministra francesa dos Desportos, Amélie Oudéa-Castéra, condenou "os cânticos de ódio e homofobia" ocorridos durante o jogo entre o PSG e o Marselha, que "devem ser combatidos sem tréguas por todos os adeptos, participantes das competições, autoridades e poderes públicos".
Amélie Oudéa-Castéra pediu "uma resposta firme" e instou o clube parisiense a apresentar uma queixa e colaborar na identificação dos autores daqueles cânticos, para que "possam ser levados perante a justiça e expulsos dos estádios".
O bicampeão francês venceu por 4-0 o encontro da sexta jornada da Ligue 1, com o avançado internacional português Gonçalo Ramos a marcar os dois últimos golos, depois de ter substituído Kylian Mbappe ainda durante a primeira parte, devido a lesão do jogador gaulês.