A meio da semana, a FIFA revelou que o Campeonato do Mundo de Futebol de 2030 se realizaria em 6 países (Espanha, Marrocos, Portugal, Argentina, Uruguai e Paraguai) e em três continentes diferentes.
Uma novidade atípica que não agrada a alguns, que lamentam a falta de consideração da organização pelo ambiente. Emmanuel Petit, antigo jogador de Chelsea, Arsenal e Barcelona, mostrou a sua indignação com este formato no programa 'Rothen s'enflamme' na RMC, esta sexta-feira.
"A FIFA perdeu mais uma boa oportunidade de brilhar com a sua inteligência. Tenho a impressão de que é uma entidade que está acima do mundo, que passa o tempo a fazer o que quer sem se preocupar minimamente com o mundo em que vive atualmente. Quando saiu na imprensa, pensei mesmo que era uma piada", começou por dizer.
"Estão a falar a sério? Estamos a ser pressionados e hoje apontam-nos o dedo se não respeitarmos o ambiente, se não fizermos o que é correto... Estão a pensar no ambiente? Estão a pensar nos adeptos? Já é muito caro seguir a nossa seleção... Para mim, é um disparate. Vai contra a corrente do mundo em que vivemos atualmente. Só reforça a imagem que tenho da FIFA. É uma estrutura que vive num paraíso fiscal e está acima de qualquer suspeita, que se está nas tintas para o que se faz no mundo... exceto para ganhar mais e mais dinheiro. E os jogadores? As diferenças horárias com que vão ter de lidar, as viagens, a logística... Surpreende-me muito que nenhum político se pronuncie contra isto. A dada altura, talvez um pequeno boicote também por parte dos jogadores, para dizer 'parem de brincar connosco'...", afirma o antigo internacional francês.
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