Numa declaração de abertura da assembleia geral do Sporting, que decorre neste domingo, no Pavilão João Rocha, em Alvalade, Frederico Varandas defendeu mais uma vez a proposta para integração do voto eletrónico nos estatutos do clube. O presidente da SAD leonina citou até Winston Churchill, antigo primeiro-ministro britânico, para esse efeito.
"Lembro-me bem quando a revolução digital chegou ao sector bancário e o medo que era de fazer transferências e pagamentos nos sites bancários. Lembro-me bem dos medos que havia ao fazer compras online. Hoje já fazemos tudo isso com uma naturalidade e com uma segurança que até fica difícil imaginar o que seria o nosso dia em dia sem estas simples ações. Mas sobre os riscos tenho de dizer-vos o seguinte: eu penso é que não há maior risco para o Sporting que ter 400 ou 600 sócios a poderem decidir por mais de 140 000. Isso é que tem riscos e basta recordar o passado recente do nosso clube para percebermos como esse risco é bem real e como o Sporting pagou bem caro por isso. (...) Ao ler a bibliografia de Winston Churchill, guardei uma frase para sempre: sempre que surge uma ideia boa e disruptiva, logo aparecerão três excelentes argumentos de iluminados para que nada se faça e tudo fique na mesma", atirou Varandas.
O responsável anunciou ainda a mais recente contabilização do número de sócios: "Hoje temos mais de 140 000 sócios, dos quais cerca de 100 000 com cotas em dia. Este é o número mais alto de toda a nossa história e nunca houve igual militância. Para nós é muito simples: Quantos mais sócios do Sporting CP votarem mais seguro é o futuro do SCP."
Nesta assembleia geral é apresentada o relatório e Contas do exercício 2022/23, que, segundo Varandas, é "marcado pelo rigor e transparência das contas, associado à competitividade exigível às nossas equipas das mais variadas modalidades."
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