Arthur Cabral chegou à cidade de Lisboa no último mercado de verão com uma herança muito pesada e tarda em mostrar as credenciais que levaram a que o Benfica investisse 20 milhões de euros na sua contratação.
O avançado brasileiro, que foi recrutado aos italianos da Fiorentina, aterrou em Portugal e trazia consigo o estatuto de 'substituto' de Gonçalo Ramos, mas a verdade é que não tem dado à equipa aquilo que o agora avançado do PSG dava à equipa na temporada transada. E talvez não seja apenas culpa sua, uma vez que Petar Musa tem estado em boa forma.
Desde que a época começou, o camisola 9 das águias só contou com duas titularidades pela mão de Roger Schmidt. Foi para o onze nos duelos diante de Estrela da Amadora e Gil Vicente, na segunda e terceira jornada da I Liga. Curiosamente dois jogos em que Musa não foi para a equipa inicial. Na Luz, o croata cumpriu um jogo de castigo após ter sido expulso no Bessa e, depois, começou no banco na viagem até Barcelos.
Nunca cumpriu 90 minutos, nem mais de 45 minutos
Nem mesmo quando foi titular, Arthur Cabral encheu as medidas a Roger Schmidt. Nas já referidas partidas com Estrela da Amadora e Gil Vicente, o canarinho acabou rendido pelo jovem dinamarquês Casper Tengstedt - que teve impacto no triunfo ante os estrelistas.
O jogador, de 25 anos, já foi suplente utilizado diante de Vitória SC, Vizela, Portimonense, FC Porto e Internazionale, sem nunca ultrapassar os 45 minutos dentro de campo. Além disso, não saiu do banco de suplentes nos duelos com o Salzburgo e o Estoril.
Paragem pode ser 'poção mágica' para se assumir
Agora em período de férias, as águias voltam aos treinos no Seixal na quinta-feira e Arthur Cabral terá uma oportunidade de ouro para convencer Schmidt de que merece mais tempo de jogo - soma 230 minutos distribuídos por sete jogos. É que Musa vai estar ausente ao serviço da seleção croata e isso pode favorecer o canarinho.
O próximo jogos dos encarnados é a 20 de outubro para a Taça de Portugal. Uma visita aos açorianos do Lusitânia que pode contar com o brasileiro no onze, isto de Roger Schmidt assim o entender. A prestação do canarinho nos treinos decidirá a presença ou não neste onze para a viagem até aos Açores.
Schmidt garante que Arthur está em forma
Roger Schmidt já abordou a questão da pouca utilização de Arthur Cabral. Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Estoril - no qual o brasileiro não participou - o técnico alemão referiu que o avançado se encontrava em boa forma física, dado que surgiram rumores de que chegou ao Benfica acima do peso, e apenas ainda não se conseguiu adaptar ao estilo da equipa lisboeta.
"Fisicamente ele está bem. Está a trabalhar muito e já teve algumas oportunidades de jogar. Não é fácil fazer uma rápida adaptação ao nosso estilo de jogo, especialmente quando não se faz a pré-época connosco. Temos de tentar integrá-lo para ele se sentir bem em campo. Ele estava mais habituado a ser um ponta de lança de área, a receber muitos cruzamentos dos extremos. Agora, há mais jogadores à volta dele, existe mais envolvimento para combinações. O Arthur precisa de tempo para se adaptar a isso, mas temos tempo", garantiu Roger Schmidt.
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