O Sporting carimbou, ao final da noite de sábado, o apuramento para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, ao deixar para trás o Olivais e Moscavide, da Associação de Futebol de Lisboa, por 1-3, num jogo onde sofreu mais do que se esperava.
Os leões entraram praticamente a perder, na partida disputada no Estádio José Gomes, na Amadora, fruto de uma grande penalidade cometida por Iván Fresneda, por falta sobre Ricardo Cabral, que Fabrício Simões acabou por converter.
Perante um adversário organizado e agressivo, a equipa da I Liga denotou sérias dificuldades para chegar a zonas de perigo. Ainda assim, atirou duas bolas à barra, por Francisco Trincão e Pedro Gonçalves, antes de, à terceira, ver mesmo a bola entrar.
À beira do apito para o intervalo, Marcus Edwards apostou na iniciativa individual e conquistou uma grande penalidade, que o próprio fez questão de cobrar, abrindo, desta maneira, o caminho rumo a uma reviravolta de esforços redobrados.
Ao intervalo, Rúben Amorim procurou dar mais velocidade ao jogo, lançando Geny Catamo para o lugar de Iván Fresneda, e este correspondeu de imediato, com o remate certeiro que deu a reviravolta. Já nos descontos, ainda assistiu Daniel Bragança para o golo que selou o resultado final.
O Sporting junta-se, desta maneira, a Sporting de Braga, Benfica, Portimonense, FC Porto, Santa Clara, Paredes, Nacional, Vizela, Estrela da Amadora, Casa Pia, Atlético da Malveira, Vitória FC, Arouca e União de Leiria na próxima fase da prova-rainha do futebol nacional.
Figura
Uma distinção que não pode ir para outro jogador que não Geny Catamo. O internacional moçambicano entrou ao intervalo, para o lugar de Iván Fresneda, e mudou por completo o jogo, a favor do Sporting. Deu toda uma outra velocidade ao ataque verde e branco, e ainda somou um golo e uma assistência.
Surpresa
Uma demonstração de personalidade de Iván Fresneda, numa noite que dificilmente podia ter começado pior. O lateral-direito cometeu uma grande penalidade, é verdade, mas não se deixou abater e foi subindo progressivamente de rendimento, naquela que foi a estreia a titular de leão ao peito.
Desilusão
Rúben Amorim bem defendeu, na véspera, a utilização de Pedro Gonçalves, mas a verdade é que o internacional português esteve completamente 'desaparecido' do jogo. Esteve sempre demasiado 'colado' à linha lateral, onde não conseguiu fazer a diferença perante um adversário, teoricamente, acessível.
Treinadores
Ricardo Barão: O Olivais e Moscavide 'encaixou' no sistema tático do Sporting, complicando a vida ao adversário com uma primeira parte de grande nível. A equipa desdobrou-se para garantir que não dava espaços ao Sporting, com muita organização e agressividade. Ao intervalo, as 'pilhas' acabaram' e tornou-se 'presa' fácil.
Rúben Amorim: Perante um Olivais e Moscavide sem nada a perder, pedia-se um Sporting imponente, a confirmar o favoritismo para evitar esforços desnecessários antes de um (decisivo) jogo europeu. No entanto, os leões foram 'tenrinhos', e, se não fosse o 'esgotamento' do Olivais e Moscavide, no segundo tempo, o resultado podia ter sido outro.
Árbitro
Hélder Carvalho apostou num critério disciplinar largo, 'salvando', na primeira parte, Evenilton Júnior e Matheus Reis do cartão amarelo. No entanto, não o manteve, na segunda. Pelo meio, ainda fez 'vista grossa' a uma mão na bola de João Varela, após remate de Iván Fresneda, que deveria ter sido sancionada com uma grande penalidade.
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