As acusações de racismo a Cristophe Galtier não são novas, mas o jornal L'Equipe trouxe na edição desta terça-feira novos pormenores sobre o processo que recai sobre o antigo treinador do Paris Saint-Germain, que está agora sem clube.
Galtier é acusado de tecer declarações racistas contra futebolistas africanos e também discriminar muçulmanos. Entre os nomes visados, destacam-se Islam Slimani e Jean-Clair Todibo, antigos jogadores do Sporting e Benfica, respetivamente.
Segundo declarações de Hachim Ali Mbaé, antigo membro da sua equipa técnica, Galtier terá chumbado a contratação de Islam Slimani para o Nice porque este cumpria o jejum no Ramadão, segundo a sua religião.
Os investigadores também terão recolhido depoimentos do defesa Jean-Clair Todibo, que alega ter sido pressionado pelo treinador a quebrar o jejum, bem como os companheiros Boudaoui e Boulhendi. Pablo Rosario, um neerlandês que ainda joga pelo Nice, disse à polícia que havia quebrado o jejum devido aos "atos discriminatórios" contra ele.
Frederic Gioria, antigo adjunto de Galtier no Nice, revela que Galtier tinha mais comentários negativos com argelinos, que considerava “os piores” e os definia como “sujos” e "extremistas". Já Mbaé também afirma ter ouvido Galtier chamar de "King Kong" dois jogadores negros do St. Etienne, Mickael Nade e Harold Moukoudi.
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