"Fiz tudo o que estava ao meu alcance para um dia estar aqui. Iniciei-me como treinador há 15 anos, sempre com esta cadeira no horizonte", começou por contar Fábio Pereira na conferência de apresentação, que teve lugar no Estádio do Marítimo.
O sucessor de Manuel Tulipa no cargo admitiu que este é o maior desafio da sua carreira e também um objetivo que almejava alcançar, explicando que em todos os contratos que fez tinha uma cláusula que permitia sair facilmente caso o clube interessado fosse o Marítimo, o que aconteceu com a Oliveirense.
Fábio Pereira estava, até ao momento, a orientar a equipa de Oliveira de Azeméis, na qual cumpria a terceira época, tendo na campanha de estreia levado a formação a conquistar o acesso à II Liga e garantido no ano seguinte a manutenção, no 10.º posto, com 43 pontos.
O treinador, de 45 anos, deixa agora a Oliveirense na nona posição, com 16 pontos, para assumir o Marítimo, que se encontra em sexto, com 19.
"Sabemos que isto é uma longa caminhada até maio, mas vamos nos focar de domingo a domingo, conquistando ponto atrás de ponto e terminar nos lugares da frente, de preferência no primeiro, porque é isso que o Marítimo tem de almejar sempre", afirmou.
O técnico, que já orientou o União da Madeira ao longo de duas temporadas, no quarto escalão, bem como o Oleiros e o Gafanha, na mesma divisão, disse que gosta de ter os estádios cheios e que a equipa fará valer a pena ver os seus jogos.
Fábio Pereira, que regressa ao Marítimo 26 anos depois, agora como treinador, após ter realizado toda a sua formação enquanto jogador no emblema 'verde rubro', diz que "ser madeirense não traz mais pressão", pois sente orgulho em o ser e ainda mais por ter sido formando no emblema maritimista.
Antes da conferência de imprensa, o novo treinador já marcou presença no treino que se desenrolou ao início da tarde, tendo explicado que o plantel está composto por bons jogadores, dando a conhecer que o seu adjunto será Hélder Sousa.
"Passei a mensagem de que temos de ser ambiciosos e corajosos. No futebol não existem jogos fáceis e temos de trabalhar muito para recuperar os pontos que perdemos", disse, enfatizando que, apesar do lugar ocupado atualmente, "o campeonato vai ser discutido até ao fim".
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