Christophe Galtier confessou, esta sexta-feira, em tribunal, ter chamado "King Kong" a Stéphanois Mickael Nadé e Harold Moukoudi, jogadores que teve às suas ordens durante a extensa passagem pelo Saint-Étienne, entre 2008 e 2017.
No entanto, o treinador de 57 anos, que no passado verão deixou o Paris Saint-Germain rumo ao Al-Duhail, garantiu que a expressão utilizada não teve qualquer tipo de conotação racista, ao contrário daquilo que foi insinuado.
"Lembro-me de que hesitei entre dizer 'cão de caça' e 'King Kong'. Utilizei esse termo. King Kong é força e pujança. Não há outra conotação a não ser força e pujança", afirmou, em declarações reproduzidas pela estação televisiva francesa RMC Sport.
"Com toda a humildade, assumo que disse o mesmo do jovem [Mickael] Nadé, em 2017, no Saint-Étienne. Se houvesse que estivesse bem posicionada para que eu falasse da sua força, teria de utilizar esse termo", prosseguiu.
"Quando jogámos contra o Nantes, na final da Taça de França, utilizei a mesma fórmula com Nicolas Pallois. Olhando para trás, pode ter sido ofensivo. Se isto o ofendeu, tenho de pedir desculpa. Sim, utilizei o termo, mas não numa ótica racista", completou.
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