O jogo entre AC Milan e Udinese, da Serie A, ficou marcado por um momento lamentável de racismo, que obrigou Mike Maignan a sair do relvado em protesto. Dirigiu-se aos balneários, mas pouco depois voltou ao campo, após conversar com os colegas.
Depois do jogo, o guardião francês explicou o que se passou: “Ouvi alguém a imitar barulhos de macaco. Na primeira vez, peguei na bola e não disse nada, no segundo aconteceu de novo e avisei todos no banco e no quarto árbitro. Eu disse que não podemos jogar futebol assim, não é a primeira vez que isso acontece comigo. O árbitro acertou em suspender a partida", relatou à Sky Sports italiana.
"São pessoas ignorantes, nem todos fazem isso, mas algo assim não deveria acontecer no futebol. Somos uma família e todos vieram até mim para me apoiar. Temos um grande clube, a resposta certa era vencer. Precisamos de sanções muito fortes, porque falar agora não adianta", pediu o francês do AC Milan.
Sobre a decisão de sair de campo: “Nós, jogadores, só podemos reagir assim, enquanto quem tem que fazer algo forte é o Ministério Público que sempre leva em conta a nossa palavra depois dos jogos, mas depois nada acontece", terminou o futebolista.
O treinador Stefano Pioli, depois do encontro, disse que tem orgulho do seu jogador. “Lamento muito por ele. Sofreu em primeira mão e também eu, porque é um menino muito correto que tenho orgulho de treinar. Não venham ao estádio. Essas são coisas não deveriam acontecer", disse à Sky Sports. Rafael Leão e Okafor também mostraram apoio ao colega.
Leia Também: Udinese defende-se após episódio de racismo: "Temos um clube multiétnico"
Leia Também: Maignan, do AC Milan, foi insultado e abandonou o relvado. As imagens