Diogo Ribeiro é o novo menino bonito do país. Conquistou duas medalhas de ouro, recentemente, nos 50 e nos 100 metros mariposa, e pôs pela primeira vez A Portuguesa a soar em Mundiais da natação.

Em declarações proferidas à Sport TV, o atleta de 19 anos relatou os passos para chegar à glória em Doha, no Qatar.  "O objetivo era vencer os 50 metros mariposa. Na minha mente, e junto aos meus treinadores, acreditávamos que era possível e lutamos até o fim. Foi uma sensação incrível terminar a prova e descobrir que conquistei o primeiro lugar. Quando terminei, demorei em olhar para o tempo. Levei cerca de 16 segundos para finalmente olhar para ele; devo ter sido a última pessoa a fazê-lo. Primeiro, toquei na parede e vi a luz acender no bloco, então sabia que estava no pódio, o que já me deixou feliz. Mas quando vi o Michael Andrew, um dos favoritos que ficou em segundo lugar, soltando um palavrão ao meu lado, percebi que a disputa era entre mim e Cameron McEvoy, que ficou em terceiro. Então, olhei para o ecrã e vi que estava em primeiro lugar, o que me trouxe uma felicidade indescritível.

Com apenas 19 anos, tenho trabalhado arduamente, juntamente com meus treinadores, para alcançar isso. Os treinos foram intensos, às vezes quase desmaiei de dor. É um caminho muito árduo, mas chegar aqui e alcançar isso é incrível. Não tenho muitas palavras para descrever essa experiência", começou por dizer o desportista do Benfica. "Nas meias-finais comecei a acreditar mais, sabia que havia nadadores que iam melhorar bastante, como o Chad le Clos, medalhado à frente do Michael Phelps em Jogos Olímpicos... por isso fiquei sem palavras, sem reação. Mas foi muito bom, ser bicampeão do Mundo em natação... se já ser uma vez era uma coisa que já nem conseguia pensar nisso, ser duas vezes... estou super orgulhoso. Mas diria que antes da competição começar, os 100 mariposa era mais surpreendente ganhar."

Sobre o futuro, Diogo Ribeiro não promete medalhas olímpicas já nos próximos Jogos de 2024 mas, quiçá, em Los Angeles 2028.  "A medalha mais importante da minha carreira? Foram estas duas. Ser campeão do mundo absoluto é um sentimento completamente diferente. Claro, ser campeão mundial júnior e, especialmente, quebrar o recorde mundial júnior... foi incrível. Pressão? Costumo dizer que é impossível sentir pressão vinda de outras pessoas, porque já me coloco sob muita pressão. Acredito que isso me beneficia; eu gosto da pressão. Gosto de competir em finais. Eu uso a pressão para me motivar ainda mais e para alcançar feitos nunca antes alcançados. Quero continuar nesse caminho. Agora, o foco é voltar a Portugal, descansar um pouco a mente e retornar aos treinos para os Jogos Olímpicos. Agora vou trabalhar para a medalha olímpica, quero trabalhar para as medalhas, quer seja em Europeus, Mundiais e Jogos Olímpicos. Nestes Jogos Olímpicos acho que não virá a medalha, porque são os meus primeiros e não sei bem como vai funcionar a competição, mas nunca vou parar treinar para chegar a Los Angeles'2028 e aí tentar a medalha", rematou.

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