O Tribunal Popular Intermédio de Huangshi, na província central de Hubei, proferiu a sentença depois de considerar que o antigo responsável pelo atletismo na China, cargo que ocupou entre 2022 e finais de 2023, aceitou pagamentos ilegais no valor de mais de 22,5 milhões de yuan (2,8 milhões de euros).
O acórdão indicou que as infrações foram cometidas entre 2010 e 2023, quando Yu Hongchen ocupou vários cargos importantes no desporto chinês, desde diretor de atletismo a vice-presidente da Associação Chinesa de Futebol (CFA) e presidente da Superliga Chinesa (CSL).
A decisão do tribunal também considerou provado que Yu se aproveitou dos cargos para prestar assistência em questões como transações comerciais, favorecimento de clubes de futebol, penalização de árbitros ou transferências de jogadores.
O tribunal afirmou que as ações de Yu "prejudicaram gravemente a ordem da concorrência leal e o ecossistema desportivo" e causaram "grandes danos" ao desporto e à indústria do futebol.
De acordo com o acórdão, Yu Hongchen confessou a maior parte das infrações e parte do dinheiro desviado foi recuperado, o que levou a uma pena menor.
O mesmo tribunal condenou o antigo presidente da CFA Chen Xuyuan a prisão perpétua por ter recebido subornos no valor de mais de 81 milhões de yuan (10,3 milhões de euros) durante 13 anos.