André Villas-Boas marcou esta terça-feira presença no Auditório da Biblioteca Municipal de Felgueiras, para mais uma ação de campanha nas eleições rumo à presidência do FC Porto. E entre preocupações com a situação financeira, o ex-treinador recordou a história que o levou do comando técnico dos azuis e brancos para o Chelsea.
"Há três pessoas que sabem a verdade da minha saída: Sr. Pinto da Costa, Sr. Antero e o André Villas-Boas. E há três pessoas que sabiam que o André Villas-Boas batalhava com os clubes interessados para que pagassem a cláusula de 15 milhões de euros. O André Villas-Boas foi receber para o Chelsea metade do que ganha o treinador mais bem pago em Portugal. Foi receber pouco mais do que ganhava o treinador da equipa que ficou a 21 pontos de distância do FC Porto em 2010/11", começou por dizer Villas-Boas, citado pelo jornal O Jogo.
"Antes de falar do André Villas-Boas treinador do Chelsea, é preciso ter um conhecimento total do universo da sua saída e não acreditar em determinadas coisas que só algumas pessoas têm a vontade de dizer. A ferida do André Villas-Boas, treinador do FC Porto que saiu para o Chelsea, em alguns adeptos é irreparável. Noutros adeptos já esqueceram essa ferida e já sarou. E são esses que agora recebem o André Villas-Boas de braços abertos. Há outros que não conseguem ultrapassar", acrescentou.
"Serei um presidente mais próximo da área desportiva. Quero que o FC Porto tenha equipas para ganhar. Escolher um jogador à Porto é uma responsabilidade perante os sócios. Encontrar talento tem sido cada vez mais difícil. Queremos falhar menos, contratar melhor, bons jogadores, que nos deem capacidade competitiva para construirmos melhores plantéis. Também irei intervir na formação. Quero uma metodologia centralizada para a formação. Não queremos que haja medo do treinador em chamar precocemente os jovens da formação à equipa principal", prosseguiu ainda, deixando um aviso antes das eleições.
"Muitos de vocês, que se podem deslocar menos ao Dragão mas têm capacidade eleitoral, tenham atenção à renovação do cartão. Muita gente paga quotas e ainda não renovou o cartão. Se não estiver funcional, pode ser vetada a capacidade de vota. O FC Porto nunca esteve a debate como atualmente. Aconteça o que acontecer a 27 de abril, há um novo FC Porto que se vai levantar, não haja a mínima dúvida", finalizou.
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