O Benfica é, de forma destacada, o clube com mais Taças de Portugal conquistadas em toda a história (26), seguindo-se FC Porto (19) e Sporting (17), mas a verdade é que, quando as águias encontram os leões nas 'meias' da prova, raramente têm motivos para sorrir. Poderá o conjunto de Rúben Amorim aproveitar esse fator histórico, esta terça-feira, na segunda mão a disputar-se na Luz? Vamos por partes.
Esta é a nona ocasião em que os dois rivais lisboetas se defrontam na decisiva fase de acesso à tão desejada final da prova-rainha e os números são claros: o Sporting apurou-se seis vezes e o Benfica apenas sorriu em duas eliminatórias, sendo que a última vez foi em 1958/59, ou seja, há quase sete décadas.
Alargando o histórico de confrontos na segunda maior competição portuguesa a todas as eliminatórias, o cenário continua a não ser animador para o emblema da Luz, embora a diferença, aí, já seja um pouco atenuada. Em 38 jogos, o Benfica venceu 16 e o Sporting triunfou em 20, acrescentando-se mais dois empates.
Época | Primeira mão | Segunda mão | Apurado | Vencedor |
1942/43 | Sporting 2-3 Benfica | - | Benfica | Benfica |
1944/45 | Sporting 1-2 Benfica | Benfica 2-3 Sporting | Sporting(Sporting 1-0 Benfica) | Sporting |
1958/59 | Sporting 2-1 Benfica | Benfica 3-1 Sporting | Benfica | Benfica |
1959/60 | Sporting 3-0 Benfica | Benfica 0-0 Sporting | Sporting | Belenenses |
1962/63 | Sporting 0-1 Benfica | Benfica 0-2 Sporting | Sporting | Sporting |
2007/08 | Sporting 5-3 Benfica | - | Sporting | Sporting |
2018/19 | Benfica 2-1 Sporting | Sporting 1-0 Benfica | Sporting | Sporting |
2023/24 | Sporting 2-1 Benfica | Benfica ?-? Sporting | ? | ? |
Curiosamente, das oito ocasiões, cinco foram disputadas a duas mãos, duas reduziram-se apenas a um jogo (em ambas o Sporting jogou em casa) e uma temporada (1944/45) ficou marcada por uma terceira mão, após um empate no agregado das duas mãos, sem que existisse a regra da valorização dos golos fora de casa. De referir que essa lei foi eliminada recentemente e, caso se verifique um empate no agregado, haverá prolongamento na Luz, contrariamente ao que se passou nos últimos dérbis nas 'meias' (2018/19), com o agregado de 2-2 a favorecer os leões por terem marcado um golo no reduto do rival.
Outro dado que salta à vista é que, cada vez que um dos rivais eliminou o outro no acesso à final, o selo de vencedor ficou praticamente garantido, sendo que a exceção foi a temporada 1959/60, quando o Sporting perdeu a Taça para o Belenenses, já depois de ter afastado o Benfica, semanas antes.
Os dados valem o que valem, mas não há muitas dúvidas de que o Sporting é, entre os dois rivais lisboetas, o que mais sorri em dérbis nas 'meias' da Taça de Portugal. Conseguirão os leões confirmar a tendência ou o Benfica vai quebrar um 'jejum' de 65 anos? Esta terça-feira, saberemos...
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