Pinto da Costa concedeu uma entrevista à SIC, esta segunda-feira, em Vila Nova de Gaia, a dar conta de diversos temas em torno da realidade do FC Porto a menos de um mês das eleições presidenciais, agendadas para o próximo dia 27 de abril, acabando por admitir que o clube azul e branco está "praticamente fora da corrida".
"Mau momento influencia eleições? Entendo que não. O futebol tem condicionantes, todos viram a forma como perdemos, as razões porque perdemos [frente ao Estoril]. Não tem qualquer influência. A equipa está bem, está forte e tenho a certeza que vai reagir e mostra o seu real valor já em Guimarães, frente ao Vitória SC, na Taça de Portugal, que queremos ganhar. Não estou preocupado", começou por dizer.
“É um ponto interessante ligar a arbitragem com as eleições. Em 2023, o FC Porto diretamente não teve razões de queixa, não foi beneficiado, mas não foi prejudicado. O Sporting em Faro e no Casa Pia venceu à custa da arbitragem, mas isso já é indireto. A partir do momento em que aparece uma candidatura, a do André Villas-Boas, a arbitragem mudou. Isso é curioso", atirou, antes de abordar as possibilidades de ver o seu clube lutar pelo título e pelo apuramento para a Liga dos Campeões: "São poucas [as possibilidades], isso ainda não é impossível, mas são poucas. Em termos de título, estamos praticamente fora da corrida".
Questionado sobre a posição de André Villas-Boas em decidir candidatar-se, sem o seu conhecimento prévio, Pinto da Costa foi muito claro, negando algum tipo de "afastamento" associado a essa decisão.
"Não houve afastamento nenhum, há muito tempo que não falava com ele. Tivemos óptimas relações quando foi treinador. Estou na minha posição de defender o FC Porto e lutar pelo FC Porto", atirou.
"Não tinha de falar comigo, se calhar… Eu no lugar dele, teria uma palavra. Mas ele era livre, acho que ele foi empurrado para isto por quem tem outros interesses. Alguma vez o Joaquim Oliveira foi amigo do André? São os interesses televisivos", acrescentou ainda.
“Vou fazer 42 anos de presidente, conseguimos vencer 2566 títulos, 68 no futebol, sete deles internacionais. Temos mais títulos internacionais do que todos os outros juntos. A grande base do sucesso, porque tivemos grandes treinadores sempre, todos praticamente foram campeões nacionais. Os que não foram, porque estiveram pouco tempo, deixaram marca com títulos. O Octávio Machado e o Paulo Fonseca, que saíram a meio da época, venceram a Supertaça. Estão na marca desses 68 títulos. A grande base foi a união dos sócios. Desde que apareceu esta candidatura, não tem feito mais nada a não ser tentar dividir os sócios", completou.
[Notícia atualizada às 21h57]
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