Numa nota publicada no seu sítio oficial na Internet, o Sporting de Braga dá conta da decisão em última instância, após 16 anos de litígio judicial, que o obriga a indemnizar Sebastião Campos em 431 mil euros líquidos, aos quais acresce o valor referente a 16 anos de juros de mora e compulsórios.
O caso remonta a 2008, ano em que o antigo diretor de sala do Bingo 'arsenalista', que encerrou nessa altura devido a prejuízos financeiros, intentou contra o Sporting de Braga uma ação especial de impugnação do despedimento coletivo, que correu termos no Tribunal de Trabalho de Braga.
Nessa ação laboral, Sebastião Campos, que desde 1983 desempenhava funções de gestor na sala de Bingo do Sporting de Braga, invocou a ilicitude do seu despedimento, pedindo, à data da sentença da primeira instância, um valor de cerca de dois milhões de euros.
Na referida ação estavam incluídos todos os trabalhadores do Bingo abrangidos pelo despedimento coletivo e que não chegaram a acordo, num total superior a 10 funcionários, sendo que alguns viriam a alcançar acordo com o clube numa fase inicial e outros (seis) numa fase mais adiantada do processo, em 2015.
"Apesar da decisão final redundar num valor bastante mais baixo do que as pretensões iniciais de Sebastião Campos, o clube mantém-se firme na convicção de que é uma decisão injusta e que não reflete os factos e vicissitudes ocorridos durante a ligação laboral entre o Sporting de Braga e o seu ex-funcionário", conclui o clube liderado por António Salvador.