Na vista deste sábado à Casa do FC Porto em Resende, André Villas-Boas foi confrontado com vários dossiês acerca da atualidade portista. Em conversa com os jornalistas, o líder dos dragões revelou que recorreu a outros investidores para pagar salários.
"A notícia não corresponde totalmente à verdade. Arranjámos um grupo de investidores diferentes dos que recentemente tinham suportado a SAD em alguns pagamentos. Enquanto nova direção, preferimos optar por outro caminho e sugerimos isso à SAD, que acabou por validar os diferentes contratos com esses investidores. É uma situação difícil, que obriga a uma gestão rigorosa O plano sustentabilidade do clube é longo, como dissemos na campanha. Já estamos a trabalhar na reestruturação financeira do clube. Temos tido reuniões nesse sentido com futuros investidores e com a banca internacional e também no que toca ao negócio com a Ithaka", frisou André Villas-Boas.
Questionado ainda sobre o processo que foi levantado pelo empresário de André Franco, por dívidas em atraso, Villas-Boas revelou já estar em contacto com fornecedores e agentes de jogadores para atrasar pagamentos.
"Há uma série de dívidas que agora podem ter consequências mais gravosas. Estamos a comunicar com alguns fornecedores, agentes e representantes de jogadores para que os prazos de pagamento possam ser alargados para dívidas anteriormente assumidas pelo FC Porto. Ontem entrámos em contacto com os agentes de André Franco para perceber se podemos alterar os prazos relativamente a esta dívida", ressaltou.
O dirigente do FC Porto referiu ainda que vai refazer os protocolos com as claques, depois de revelar que também está atento ao recente processo relacionado com os bilhetes.
"Bilhetes? É um dossier aberto, vem em conjunto com a Operação Pretoriano. Estamos em análise da recolha de informação, a minha mensagem para as pessoas do FC Porto é que colaborem com a Justiça nesta fase, nós enquanto direção já o estamos a fazer e iremos fazer quando tomarmos posse na SAD", vincou Villas-Boas.
"São protocolos [das claques] para refazer. No futuro serão revistos e novos protocolos darão começo a outro tipo de relação. O que me importa perceber é a extensão que o FC Porto sofreu em termos de tesouraria neste caso e procura das responsabilidades", concluiu.
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