Na terceira fase final a 24 seleções, entre as quais a estreante Geórgia, as cinco campeãs mundiais do 'velho continente' partem por 'cima', com Portugal, do 'eterno' Cristiano Ronaldo, Países Baixos, Croácia e Bélgica como 'outsiders'.
Finalista dos dois últimos Mundiais, sendo campeã em 2018 e 'vice' em 2022, a França, vencedora dos Europeus de 1984 e 2000, parte da 'pole', também por ter o jogador do momento.
Kylian Mbappé - melhor marcador do último mundial, por cima do 'astro' Lionel Messi - vinculou-se recentemente ao campeão europeu Real Madrid, após sete épocas no Paris Saint-Germain, e terá em cima de si todos os 'olhares'.
Aos 25 anos, Mbappé é o líder da seleção gaulesa, que é muito mais do que 'apenas' o novo craque 'merengue', com Maignan, Koundé, Pavard, Upamecano, Tchouaméni, Kanté, Camavinga, Dembelé, Griezmann, Kolo Muani, Thuram ou Giroud.
No cargo desde 2012, Didier Deschamps tem soluções para todos os gostos e vai em busca da única competição que lhe falta como selecionador, após o Mundial (2018) e a Liga das Nações (2021).
Os gauleses foram finalistas em 2016, em casa, derrotados por Portugal, e é com esse objetivo, o de chegar ao jogo decisivo, que parte a anfitriã Alemanha, a primeira seleção a chegar ao 'tri' no Europeu (1972, 1980 e 1996).
Sem conquistas desde o quarto título Mundial, arrebatado em 2014 na final com a Argentina, os germânicos, com o jovem Julian Nagelsmann no banco e Toni Kroos de regresso, para rematar a carreira, são também fortes candidatos ao cetro.
Numa prova que os anfitriões só venceram em 1964 (Espanha), 1968 (Itália) e 1984 (França), a Alemanha, com uma mescla de jovens jogadores e veteranos como Neuer, Gündogan ou Müller, procura 'renascer', depois de vários anos a somar deceções.
A Espanha, também tricampeã e única seleção que revalidou o título (1964, 2008 e 2012), ataca, por seu lado, com a irreverência de Yamal, Nico Williams ou Pedri, mais consagrados como Rodri, Morata, Carvajal, Nacho, Oyarzabal ou Dani Olmo.
Nos favoritos, também estão os finalistas da última edição, o Euro2020, que a pandemia de covid-19 adiou para 2021, a campeã Itália, que repetiu o cetro de 1968, e a Inglaterra, que 'teima' em não replicar o título mundial de 1966.
Os italianos não têm as estrelas de outros tempos, um Baggio, um Vieiri ou um Rossi, mas são sempre compactos, competentes e muito difíceis de bater, enquanto os ingleses estão repletos de qualidade, de Kane a Foden, passando por Saka, Walker ou Rice.
As restantes 19 seleções não têm qualquer estrela na camisola, mas há várias com a ambição de lutar pelo título, num lote em que entra Portugal, no provável 'adeus' de Cristiano Ronaldo.
O '7' luso, jogador com mais jogos (25), golos (14) e vitórias (12) em fases finais, vai cumprir uma sexta presença num Europeu, outro recorde, e, pelo currículo, e os milhões de seguidores, é uma das grandes atrações do evento.
Portugal é um dos principais 'outsiders', ao lado dos Países Baixos, de Van Dijk, campeões em 1988, da Croácia, de Luka Modric, terceira no Mundial de 2022, e da Bélgica, de De Bruyne e Lukaku.
Se o novo campeão europeu não sair destas nove seleções será, certamente, uma grande surpresa, com foi a vitória da Dinamarca, em 1992, ou da Grécia, para infelicidade lusa, em 2004.
Ainda assim, vão estar no Euro2024 mais uma série de seleções que podem mostrar qualidade, como Suíça, Turquia, Dinamarca ou Sérvia, na primeira presença pós Jugoslávia.
A fase final realiza-se de 14 de junho a 14 de julho, começando com uma primeira fase com seis grupos de quatro equipas, apurando-se os dois primeiros de cada e os quatro melhores terceiros. Depois, a partir dos 'oitavos', é sempre a eliminar.