A UEFA ordenou, esta quinta-feira, a abertura de uma investigação formal ao encontro da segunda jornada da fase de grupos do Campeonato da Europa, entre Croácia e Albânia, no seguimento de uma denúncia apresentada pela Sérvia.
Jovan Surbatovic, secretário-geral da Federação de Futebol da Sérvia, exigiu que ambas as seleções sejam "punidas", devido a cânticos, alegadamente, de natureza racista para com o país, fazendo saber que, caso tal não aconteça, esta irá ponderar seriamente a possibilidade de abandonar a competição.
Mas, se este cenário se concretizar, quais serão as consequências? Ora, o regulamento do organismo que rege o futebol do Velho Continente prevê que qualquer equipa que recuse jogar seja castigada com "uma derrota por desistência".
Além disso, acrescenta a estação televisiva RMC Sport, seriam deduzidos os pontos de todos os jogos em que a nação esteve envolvida, o que significa que, à partida para a última jornada, a Dinamarca lideraria o Grupo C, com dois pontos, seguida de Dinamarca e Eslovénia, com um.
No entanto, os regulamentos não especificam como seria feita a contabilidade relativa ao apuramento para os oitavos de final dos quatro melhores terceiros classificados, visto que o do Grupo C contaria com menos uma partida relativamente aos restantes.
Seria, então, preciso convocar uma reunião do "Comité de Emergência da UEFA". Se tal não fosse possível, por "razões de tempo", a decisão final seria tomada, pessoalmente, pelo presidente, Aleksander Ceferin, ou pelo secretário-geral, Theodore Theodoridis.
Resta recordar que nunca na história uma seleção abandonou o Campeonato da Europa a meio do mesmo. O mais parecido ocorreu em 1992, quando a Jugoslávia foi desqualificada, antes do início, devido à guerra, dando o lugar à Dinamarca... que acabaria por sagrar-se campeã.
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